2 horas atrás 2

Vai viajar no Ano-Novo? Fuja da multa: 5 dúvidas sobre Pedágio Free Flow

A temporada de festas e férias de verão concentra o maior fluxo de veículos nas estradas brasileiras e, neste Ano Novo, os motoristas encontrarão uma novidade que exige atenção redobrada: o pedágio Free Flow. A tecnologia elimina as tradicionais praças com cancelas e utiliza sensores para identificar os veículos em movimento. Com isso, promete acabar com as filas, mas também muda a lógica do pagamento, que passa a ser responsabilidade do condutor após a passagem pelo trecho tarifado.

Esse novo modelo exige cuidado, já que o não pagamento vai muito além de um simples esquecimento. A inadimplência configura infração grave, com multa e pontos na CNH a cada ponto de cobrança atravessado. Para reduzir os impactos, o Contran ampliou recentemente o prazo de quitação de 15 para 30 dias, oferecendo um fôlego extra aos passantes. Ainda assim, para evitar transtornos e garantir uma viagem tranquila, o TechTudo esclarece a seguir as principais dúvidas sobre os pedágios Free Flow. Confira!

 Divulgação/Tamoios Pedágio Free Flow substitui as tradicionais praças de pedágio — Foto: Divulgação/Tamoios

Tire suas dúvidas sobre o pedágio eletrônico

A nova tecnologia facilita a viagem, mas exige atenção redobrada com os prazos e formas de pagamento para evitar infrações. Confira nos tópicos abaixo tudo o que você precisa saber para passar pelo Free Flow sem problemas:

  1. Como funciona o pedágio free flow?
  2. Como pagar pedágio free flow online?
  3. Em quantos dias devo pagar o pedágio free flow?
  4. Qual é o valor da multa no pedágio free flow?
  5. Onde tem pedágio free flow?

1. Como funciona o pedágio free flow?

O sistema Free Flow dispensa a parada ou a redução de velocidade. Ao cruzar a rodovia, o veículo passa sob um pórtico metálico equipado com câmeras de alta resolução, sensores a laser e antenas de radiofrequência. Essa estrutura funciona como um “olho digital”, capaz de identificar a categoria do veículo e registrar a passagem em milissegundos, independentemente das condições climáticas.

Para efetivar a cobrança, a tecnologia prioriza a leitura de tags como Sem Parar, Veloe e ConectCar. Então, ao detectar o sinal do dispositivo no para-brisa, o sistema cruza os dados e lança automaticamente o valor na fatura da operadora, método considerado mais seguro para driblar esquecimentos.

Na ausência da tag, entra em ação o sistema de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR). As câmeras capturam a imagem da placa e geram um registro de débito vinculado ao veículo na base de dados da concessionária. Diferentemente do pedágio convencional, com quitação imediata, nesse modelo a cobrança permanece pendente e exige que o motorista busque ativamente os canais da empresa para realizar o pagamento.

 Reprodução/Governo de São Paulo O pedágio Free Flow faz o reconhecimento do tipo do veículo e realiza a cobrança automaticamente — Foto: Reprodução/Governo de São Paulo

2. Como pagar pedágio free flow online?

Para quem não possui tag automática, o pagamento deve ser feito manualmente nos canais digitais da concessionária responsável, já que não existe um site único. Assim, cabe ao condutor identificar a administradora do trecho, como CCR, CSG, EcoNoroeste ou EPR, acessar o portal ou aplicativo oficial e informar a placa para consulta. Nessas plataformas, geralmente são aceitos Pix e cartão de crédito, e algumas empresas também oferecem atendimento via WhatsApp para a liberação de códigos de barras.

Um alerta de segurança é indispensável: criminosos têm criado sites falsos, visualmente idênticos aos oficiais, e enviado SMS com cobranças fraudulentas. Vale reforçar que as concessionárias não enviam boletos ou links de pagamento sem que o usuário tenha feito cadastro prévio no sistema.

O pagamento do pedágio free flow é feito diretamente no site/aplicativo da concessionária que administra a rodovia — Foto: Rafael Costa/TechTudo O pagamento do pedágio free flow é feito diretamente no site/aplicativo da concessionária que administra a rodovia — Foto: Rafael Costa/TechTudo

3. Em quantos dias devo pagar o pedágio free flow?

Essa é uma das principais dúvidas dos motoristas, sobretudo porque a regra mudou recentemente com a publicação da Resolução n.º 1.013/2024 do Contran, que unificou o prazo em todo o território nacional. Agora, o condutor possui 30 dias corridos para quitar a tarifa sem sofrer penalidades, o dobro do período anterior. Como a contagem começa no dia seguinte à passagem, essa ampliação evita a punição de turistas em férias mais longas e oferece uma margem de segurança para a conferência tranquila dos aplicativos, sem a pressão de uma autuação imediata.

No entanto, o respeito rigoroso a essa janela de tempo é muito importante, visto que o sistema automatizado não tolera atrasos. Caso o pagamento não seja identificado dentro dos 30 dias, a concessionária comunica a inadimplência aos órgãos de trânsito. A partir desse ponto, a dívida deixa de ser uma tarifa civil e se converte automaticamente em multa, o que impede o pagamento do valor original da passagem.

 Reprodução/Governo SP/Gustavo Mansur Nova resolução aumenta o prazo de pagamento do pedágio free flow para 30 dias — Foto: Reprodução/Governo SP/Gustavo Mansur

4. Qual é o valor da multa no pedágio free flow?

A evasão de pedágio no sistema Free Flow recebe tratamento rigoroso pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o artigo 209-A, o não pagamento da tarifa dentro do prazo configura infração grave, com multa de R$ 195,23 e acréscimo de 5 pontos na CNH. O principal risco está no efeito cumulativo, já que a evasão é contabilizada por pórtico atravessado, e não por dia ou trajeto.

Assim, se um condutor viajar ao litoral e passar por quatro pórticos na ida e quatro na volta sem quitar os valores, o sistema registrará oito infrações distintas, multiplicando rapidamente o prejuízo financeiro. Nesse cenário hipotético de férias, o total das multas ultrapassa R$ 1.500,00 e soma 40 pontos na carteira, pontuação suficiente para a abertura de um processo de suspensão do direito de dirigir.

Por isso, a recomendação de especialistas é optar pelo uso de uma tag de cobrança automática. Outra medida simples é criar o hábito de conferir os aplicativos das concessionárias logo após a chegada ao destino, para quitar eventuais débitos pendentes o quanto antes.

 Reprodução/TV Tem A tag de cobrança automática pode ser a melhor opção — Foto: Reprodução/TV Tem

5. Onde tem pedágio free flow?

O sistema já está em operação em corredores turísticos importantes do Brasil. No eixo Rio–São Paulo, a principal rota é a BR-101 (Rio–Santos), operada pela CCR RioSP, com pórticos em Itaguaí (km 414), Mangaratiba (km 447) e Paraty (km 538), trecho obrigatório para quem segue em direção à Costa Verde e a Ubatuba.

No Rio Grande do Sul, o Free Flow é amplamente utilizado na Serra Gaúcha, sob responsabilidade da concessionária CSG. Há pórticos na ERS-122, que dá acesso a Gramado e Caxias do Sul, além da ERS-240 e da ERS-446.

No interior de São Paulo, a EcoNoroeste opera pórticos na SP-333, na região de Itápolis e Jaboticabal. Já no Litoral Norte paulista, há um pórtico recente na Rodovia dos Tamoios, no Contorno Sul, essencial para quem vai a São Sebastião. Em Minas Gerais, a tecnologia está presente na MG-459, em Monte Sião, trecho que integra o circuito das malhas e das águas.

 Reprodução/CCR O pedágio já está em circulação em diferentes cidades do Brasil — Foto: Reprodução/CCR

Antes de viajar, vale consultar aplicativos de navegação como Waze ou Google Maps, que costumam alertar sobre a presença de pórticos ao longo do trajeto.

Vídeo: Carro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na água

Carro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na água

Carro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na água

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro