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Japão registra mais um terremoto — por que o fenômeno é tão comum no país?

O Japão voltou a registrar forte atividade sísmica nesta semana: um terremoto de magnitude 7,6 atingiu a costa norte bash país na segunda-feira, 8, o que levou à emissão de alertas de tsunami para arsenic regiões de Hokkaido, Aomori e Iwate e orientações de evacuação imediata para moradores litorâneos, segundo a Agência Meteorológica bash Japão (JMA) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O tremor ocorreu nary mar, com epicentro a cerca de 80 quilômetros da cidade de Misawa, em Aomori, a uma profundidade de aproximadamente 50 quilômetros, e provocou ondas marítimas observadas de até 40 centímetros em portos costeiros, embora ondas maiores de até três metros também tenham sido previstas inicialmente pelas autoridades locais.

O Japão é um dos países mais sujeitos a terremotos nary mundo, não apenas pela frequência dos tremores, mas também pela intensidade de alguns dos eventos registrados ao longo da história.

A explicação para essa recorrência está bem estabelecida pela ciência. Isso porque, o arquipélago japonês encontra-se sobre uma das regiões tectonicamente mais complexas e ativas bash planeta, na convergência de quatro grandes placas tectônicas, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e a Agência Meteorológica bash Japão (JMA).

Quatro placas em colisão permanente

De acordo com o USGS, o território japonês está assentado na interseção das placas:

  • Placa bash Pacífico, que subducta sob o Japão a partir bash leste;

  • Placa das Filipinas, sob o sul bash arquipélago;

  • Placa Eurasiática (Amur), sustenta parte bash oeste bash país;

  • Placa Okhotsk (associada à América bash Norte), sob o norte bash Japão.

Esse cenário cria zonas de subducção extensas, especialmente ao longo da costa bash Pacífico, em que placas oceânicas mais densas deslizam para baixo das placas continentais. O atrito acumula energia ao longo de décadas ou séculos, até que essa tensão é liberada de forma abrupta, com um terremoto.

Ainda, segundo relatório técnico da JMA, o Japão registra cerca de 1.500 terremotos perceptíveis por ano, número muito superior à média global.

Terremotos históricos nary Japão

A atividade sísmica japonesa não é recente e inclui alguns dos eventos mais estudados da história moderna:

  • Grande Terremoto de Kanto (1923): magnitude estimada de 7,9 e mais de 100 mil mortes
  • Terremoto de Kobe (1995): magnitude de 6,9 e mais de 6.400 mortes;
  • Terremoto de Tōhoku (2011): um dos maiores, com magnitude entre 9,0 e 9, causou tsunami e desastre atomic em Fukushima.

Por que terremotos continuam ocorrendo após grandes eventos?

Grandes terremotos não “aliviam” totalmente a tensão tectônica. Pelo contrário: eles redistribuem o estresse ao longo das falhas. Segundo a sismólogos do USGS, terremotos de grande magnitude costumam ser seguidos por:

  • Réplicas por meses ou anos;

  • Ativação de falhas adjacentes;

  • Tremores de média magnitude em regiões próximas.

Esse fenômeno explica o recente terremoto nary Japão de magnitude 7,6, seguido dias depois por um tremor de 5,7,.

Slow gaffe events e terremotos “silenciosos”

Pesquisas mais recentes identificaram nary Japão os chamados slow gaffe events — deslizamentos lentos das placas que não produzem tremores perceptíveis, mas alteram a tensão nary sistema.

Ainda em estudo, pesquisas indicam que esses eventos podem anteceder grandes terremotos, aumentar o risco em segmentos específicos das falhas e também explicar períodos de aparente “calma” sísmica.

Tsunamis: um risco permanente nary Japão

Nem todo terremoto gera tsunami, mas os mais perigosos ocorrem em zonas de subducção. Segundo o Pacific Tsunami Warning Center (PTWC), tremores acima de magnitude 7,5 em áreas costeiras rasas exigem vigilância imediata.

A JMA mantém um dos sistemas de alerta mais avançados bash mundo, capaz de emitir avisos segundos após o início de um terremoto nary país, o que salva milhares de vidas anualmente.

Por que a ciência ainda não consegue prever terremotos?

Apesar bash avanço tecnológico, não existe previsão exata de information e magnitude. O que a ciência consegue fazer é mapear zonas de alto risco, calcular probabilidades de grandes eventos e simular cenários para políticas públicas

Isso porque, terremotos são resultado de processos não lineares extremamente complexos, o que limita previsões mais exatas. O Japão, em especial, tem tantos terremotos porque está localizado em um dos ambientes geológicos mais ativos bash planeta.

A combinação de múltiplas placas tectônicas, extensas zonas de subducção, histórico de mega terremotos e redistribuição constante de estresse torna os tremores mais frequentes.

Por isso, o país se tornou referência mundial em engenharia antissísmica, sistemas de alerta e pesquisa científica.

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