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Marina rebate declaração de senador que disse querer enforcá-la: 'Psicopata'

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, rebateu nesta quarta-feira (19) a declaração de um senador que disse ter tido vontade de enforcá-la durante sua participação na CPI das ONGs.

"Com a vida dos outros não se brinca. Quem brinca com a vida dos outros ou faz ameaça aos outros de brincadeira e rindo, só os psicopatas são capazes de fazer isso", disse Marina ao fim do programa Bom dia, Ministra, do governo federal.

A ministra se referia à declaração do senador Plínio Valério (PSDB-AM) durante uma cerimônia da Fecomércio na última sexta-feira (14), onde o parlamentar fez críticas ao trabalho da chefe da pasta. "Imagine o que é tolerar Marina 6 horas e dez minutos sem enforcá-la", em alusão à participação da titular do ministério na CPI das ONGs, do Senado.

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"Eu sofri agora pela manifestação de um senador que fez uma afirmação de que era muito difícil para ele ficar conversando comigo durante 6 horas sem me enforcar", declarou.

Marina afirmou que a fala do parlamentar é uma forma de incitar a violência contra a mulher, e que mesmo em posições de poder e visibilidade como a dela, as mulheres ainda estão sujeitas a ataques.

Após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), abordar o assunto em sessão no plenário da Casa nesta quarta, Valério pediu a palavra para rebater as críticas. Ele afirmou não ter se arrependido e alegou que a frase foi uma brincadeira.

"Um ano se passou [desde a sessão na CPI] e fui receber uma medalha. Em tom de brincadeira, eu disse: imagine vocês o que é ficar com a marina seis horas e 10 minutos sem ter vontade de enforcá-la. Todo mundo riu, foi brincadeira. Se você perguntar: você faria de novo? Não. Mas se arrepende? Não. Foi uma brincadeira", afirmou.

O senador disse ainda que Marina foi tratada com respeito e paciência durante toda a CPI. "Por ser mulher, por ser ministra, por ser negra, por ser frágil, foi tratada com toda delicadeza", disse. Segundo ele,

Pela manhã, a ministra disse entender que se tornou um alvo não somente por ser mulher, mas por defender uma agenda ambiental que conflita com interesses de uma parcela da população.

"Fico imaginando, alguém que é ministra do Meio Ambiente, alguém que de certa forma é conhecida dentro e fora do pais tem que ouvir uma coisa dessas de alguém incitando a violência por discordar de alguém, porque isso é uma forma de incitar violência contra uma mulher. Dificilmente talvez isso fosse dito se o debate fosse feito com um homem", disse ainda a ministra.

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