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Medidas contra a inflação de alimentos são de médio prazo; veja quais

Por enquanto, diante da alta dos preços sentida por todos os brasileiros com grande impacto negativo na popularidade do presidente, vários ministérios discutem medidas que melhoram o ambiente e tendem a ter como efeito uma redução na pressão nos preços, embora o impacto não seja imediato e seja difícil de mensurar.

Por parte do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), comandado por Paulo Teixeira, a ideia é fortalecer medidas que já vêm sendo adotadas e que contribuem, na avaliação da pasta, para a redução dos preços:

  • Aumento do volume de crédito para financiar a produção de alimentos (no último quadrimestre houve aumento de 176% no financiamento da produção do feijão, por exemplo)
  • Contrato de opção para produtores de arroz (o produtor garante a venda por preço mínimo ao governo, que faz estoque regulador apenas caso o preço do mercado esteja muito baixo)
  • Retomada do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) em 2023: o governo compra parte da produção da agricultura familiar e distribui para cozinhas solidárias ou para o SUS no limite de 30%
  • Aumento da oferta de assistência técnica ao produtor, para elevar a produtividade na agricultura familiar

O Ministério da Agricultura tem mantido diálogo com a equipe econômica por medidas de incentivo aos produtores rurais, como a flexibilização do acesso ao crédito rural. Sobre a pressão inflacionária nos alimentos, a avaliação dentro da equipe econômica do governo é de que a alta no ano passado ocorreu devido a diversos fatores, sinalizando que diante desse diagnóstico de fato não há uma 'bala de prata' para o curto prazo.

Entre os fatores, que na avaliação da equipe econômica elevaram os preços, estão eventos climáticos extremos como a seca em diferentes regiões e a enchente no Rio Grande do Sul, a desvalorização cambial observada no segundo semestre, que pressionou preços de insumos do setor agropecuário, as safras de outros países produtores de commodities agrícolas, que também foram afetadas por eventos climáticos inesperados (o que gerou choque de oferta externa), além do aumento da demanda externa por alguns produtos específicos, como por exemplo carne e café.

Dentro do Palácio do Planalto, já são discutidas, desde novembro, sugestões apresentadas por empresários do varejo que tiveram uma reunião com o presidente Lula, ministros e secretários, quando a alta dos preços já preocupava o Executivo. Algumas sugestões dos empresários são antigas e de difícil implementação, por isso neste momento não sabemos quais podem avançar e quais serão descartadas:

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