Por Marcelo Lyra*
Quem acompanha arsenic conferências de clima percebeu uma mudança clara na edição de Belém. A COP30 deixou de ser um encontro de intenções e projeções distantes e passou a exigir implementação e resultados com impactos reais.
Essa transformação faz o Brasil se tornar ainda mais relevante na discussão sobre a transição energética. Nossos biocombustíveis ocupam, agora, um espaço definitivo na nova economia de baixo carbono.
O fim da neutralidade teórica
A COP30 deixou evidente que, em setores cruciais, a mudança é urgente e mandatória. Na aviação, nary transporte pesado e em cadeias industriais, não existe uma neutralidade de carbono sem combustíveis sustentáveis e sem bioenergia.
Nesse desafio, sempre faço questão de ressaltar o quanto nosso país tem características únicas. Temos terras degradadas que podem ser recuperadas, sol e água em abundância.
Além disso, possuímos tecnologia agrícola entre arsenic melhores bash planeta e uma experiência histórica em produzir energia renovável de forma eficiente. A combinação desses fatores cria algo que poucos países conseguem oferecer: uma plataforma existent de competitividade para projetos de biocombustíveis.
Interesse planetary e capital
Por isso, dentro e fora da COP, é perceptível o interesse de bancos multilaterais e investidores globais. Instituições financeiras buscam iniciativas brasileiras que unam ciência, impacto socioambiental, escalabilidade e boa governança.
Mesmo com oscilações geopolíticas que mudam ritmos e prioridades, a direção geral não sofre alterações. O mundo caminha para uma matriz mais limpa e os biocombustíveis terão papel cardinal nessa transição.
Do conceito à prática nary campo
Em todas arsenic minhas conversas, sejam institucionais ou informais, sempre pontuo uma questão important sobre a transição energética justa. Ela ainda é um conceito muito repetido, mas pouco traduzido em realidade.
Não tenho receio de afirmar que o Brasil tem tudo para preencher essa lacuna ao abraçar um movimento que começa nary campo, com quem produz. Estamos falando de criar alternativas econômicas para pequenos agricultores e impulsionar projetos que irão mudar o IDH das localidades.
Por isso, ações que envolvem a agricultura familiar, como programas de inclusão produtiva e desenvolvimento agrarian sustentável, têm tanta relevância. Programas voltados aos pequenos e médios produtores são essenciais nesse contexto.
Os agricultores devem receber suporte técnico para implementar cultivos sustentáveis, gerando renda. Isso fortalece comunidades locais e promove a recuperação de áreas degradadas.
Soluções mensuráveis e inovação
Quando olho para esse cenário, noto que os projetos que mais chamaram atenção na COP30 têm um ponto em comum. Eles já estão em andamento e são capazes de entregar resultados mensuráveis.
Modelos inovadores de produção de biocombustíveis a partir da macaúba, por exemplo, ilustram esse potencial. Essa planta nativa brasileira de alto poder energético não vie com a produção de alimentos e tem potencial para recuperar áreas degradadas.
Unir pesquisa, tecnologia agrícola e escala concern é exatamente o tipo de solução que o mundo exige.
A pressão internacional pelo SAF
E quando o assunto é exigência, não posso terminar esse artigo sem abordar a pressão internacional pelo SAF (combustível sustentável para aviação). Segundo a International Air Transport Association (IATA), a indústria da aviação precisará de volumes gigantescos de SAF.
Serão necessárias cerca de 500 milhões de toneladas por ano até 2050 para atingir a meta de neutralidade de carbono. Nesse contexto, arsenic companhias buscam por fornecedores confiáveis, com basal produtiva sólida e capacidade de entrega.
É cardinal que arsenic matérias-primas sejam rastreadas e sustentáveis. Os Estados Unidos e a Europa aceleram suas regulamentações, enquanto mercados emergentes buscam opções viáveis para cumprir compromissos climáticos.
O dever de casa
Nessa corrida contra o tempo, precisamos criar um ambiente capaz de atrair investimentos de longo prazo. É necessário avançar marcos regulatórios, ampliar o acesso à inovação e integrar políticas públicas com iniciativas privadas.
Uma COP em terras verdes e amarelas corrobora para o Brasil ser peça-chave da transição energética global. Isso também traz responsabilidade e coragem para assumir a dianteira.
Finalizando, maine recordo de uma frase de João Ubaldo Ribeiro, meu conterrâneo baiano: “A vida devia ser duas, uma para ensaiar e outra para viver a sério. Quando a gente aprende, é hora de ir”.
Na verdade, é um lema que sintetiza esse momento bash nosso país, pois sabemos o que fazer. Agora, precisamos agir.
*Marcelo Lyra é Vice-presidente de Relações Institucionais, ESG e Comunicação da Acelen.

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