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Pare de gastar à toa! 5 mitos e verdades sobre energia elétrica

O verão se aproxima e, com ele, aquela necessidade constante de buscar alívio do calor. É nesse momento que todos os eletrodomésticos de refrigeração entram em cena, e na potência máxima: ventiladores ligados por 24 horas, ares-condicionados e geladeiras trabalhando sem parar, e máquinas de lavar cuidando das roupas sujas e fedidas. Naturalmente, todo esse movimento tem um preço: a conta de luz dispara, e surge o conflito entre conforto e orçamento.

Para ajudar você a equilibrar essa balança e decidir com mais tranquilidade quando vale a pena usar mais energia, o TechTudo preparou um guia completo. Nele, reunimos 5 mitos e verdades sobre o gasto de luz, que mostram o que realmente pesa no bolso e o que é apenas lenda. Confira!

 Reprodução/Freepik Alguns maus hábitos podem aumentar os gastos com energia elétrica; saiba quais são e como evitar — Foto: Reprodução/Freepik

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Choque de realidade: saiba o que é fato ou fake sobre o uso da energia elétrica

Ao longo do tempo, o consumo de energia elétrica virou alvo de várias crenças populares, muitas passadas de geração em geração. Mas nem sempre essas ideias têm fundamento técnico ou econômico. Para driblar enganos que podem sair caro, e até representar riscos, veja abaixo o que é mito e o que é verdade sobre o consumo de energia:

  • Energia elétrica é mais cara a noite;
  • Aparelhos 220V são mais econômicos que 110V/127V;
  • Ligar e desligar luzes várias vezes gasta mais que deixar acesa;
  • Aparelhos em stand-by não gastam energia;
  • Pode arrancar o pino do meio da tomada
  • Aparelhos antigos consomem mais energia;
  • O local de instalação dos aparelhos afeta o consumo de energia;
  • Deixar o carregador na tomada gasta energia;
  • A potência do aparelho é o que realmente define o consumo;
  • Quedas de energia podem queimar equipamentos mesmo desligados.

1. Energia elétrica é mais cara a noite ❌

Essa é uma das crenças mais comuns entre a população. Diferentemente de alguns países da Europa e dos Estados Unidos, no Brasil a tarifa residencial de energia é monômia, ou seja, o preço do quilowatt-hora (kWh) é o mesmo a qualquer hora do dia para a maioria dos consumidores que possuem a Tarifa Convencional (Baixa Tensão).

Essa confusão acontece geralmente por conta do sistema opcional de Tarifa Branca, que estabelece preços diferentes em períodos específicos (ponta, intermediário e fora de ponta), sendo o horário de ponta — geralmente no final da tarde ou início da noite — o mais caro. Sem aderir a ela, o custo permanece constante.

 Reprodução/Redes Sociais Para o consumidor residencial o valor do preço da energia é o mesmo, seja dia ou noite — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Outra causa de confusão é que, durante o racionamento de energia no início dos anos 2000, a população foi orientada a economizar energia à noite, mas isso não alterou as tarifas de residências e pequenos comércios. Atualmente, apenas grandes consumidores de energia, como indústrias, têm tarifas mais altas nesse período.

2. Aparelhos 220V são mais econômicos que 110V/127V ❌

Apesar de muitas pessoas acreditarem que aparelhos 220 V consomem menos energia, isso é um mito. O consumo depende da potência em watts (W) e do tempo de uso, não da tensão. Assim, um equipamento com a mesma potência consumirá a mesma energia, seja 127 V ou 220 V, se usado pelo mesmo período.

Por exemplo, um chuveiro de 5.500 W consumirá igual quantidade de kWh em ambas as tensões. A diferença está na corrente elétrica: em 220 V, ela é menor, o que permite fiação mais fina e reduz perdas internas; ainda assim, o consumo registrado na conta continua o mesmo.

 Divulgação Temperatura da água do chuveiro elétrico — Foto: Divulgação

3. Ligar e desligar luzes várias vezes gasta mais que deixar acesa ❌

Muitas pessoas acreditam que ligar e desligar uma lâmpada gasta mais energia, mas isso não é verdade. O que conta mesmo é a potência da lâmpada e quanto tempo ela fica ligada. De qualquer forma, o mais econômico é sempre apagar a luz ao sair de um cômodo, mesmo que por poucos minutos.

 Agência Brasil A melhor forma para economizar com iluminação é apagando as luzes — Foto: Agência Brasil

4. Aparelhos em stand-by não gastam energia ❌

Outro mito comum é que dispositivos desligados, como TVs ou aparelhos com controle remoto, não consomem energia. Na verdade, equipamentos em stand-by continuam usando eletricidade para funções como relógio, sensores ou prontidão para ligar rapidamente. Embora o consumo de cada aparelho seja baixo, ele pode chegar a até 12% do valor da conta de luz no mês. Por isso, retire-os da tomada quando não estiver usando.

 Enel/Divulgação Eletrodoméstico em stand-by continua gastanto energia — Foto: Enel/Divulgação

5. Pode arrancar o pino do meio da tomada ❌

A adoção da tomada de três pinos não tem qualquer relação com o consumo de energia, ou seja, não aumenta nem diminui a conta de luz. O recurso está ligado exclusivamente à segurança elétrica. O terceiro pino é o de aterramento, essencial para a proteção e a vida útil dos equipamentos elétricos. Ele serve para desviar correntes de fuga ou descargas indesejadas, como raios ou curtos-circuitos, diretamente para a terra, evitando choques em quem toca no aparelho e prevenindo a queima dos dispositivos.

Arrancar esse pino é uma prática perigosa e ilegal, segundo as normas técnicas, pois coloca em risco a segurança da casa e dos moradores, com risco real de incêndios e choques elétricos potencialmente fatais.

 TechTudo O terceiro pino da tomada afeta a segurança e não o consumo de energia. Retirar o pino aumenta a chance de acidentes com choques e incêndios — Foto: TechTudo

6. Aparelhos antigos consomem mais energia ✅

A tecnologia está sempre avançando, e a eficiência energética é um dos focos da engenharia. Nesse sentido, geladeiras, freezers e ares-condicionados fabricados há mais de 10 ou 15 anos geralmente têm sistemas de compressão, isolamento e componentes menos eficientes do que os modelos atuais, que contam com selo Procel ou classificação A do Inmetro. A diferença no consumo pode ser significativa, tornando a troca um bom investimento. Por exemplo, uma geladeira antiga pode consumir mais de 150 kWh/mês, ou seja, quase quatro vezes mais que um modelo novo.

Uma geladeira antiga pode consumir mais de 150 kWh/mês, quase quatro vezes mais que um refrigerador novo — Foto: Adobe Stock Uma geladeira antiga pode consumir mais de 150 kWh/mês, quase quatro vezes mais que um refrigerador novo — Foto: Adobe Stock

7. O local de instalação dos aparelhos afeta o consumo de energia ✅

Verdade. Se aparelhos como geladeiras e ares-condicionados forem instalados perto de fontes de calor, como fogões, fornos ou janelas com sol direto, o motor precisará trabalhar mais. O mesmo acontece se as grades traseiras ou laterais ficarem encostadas na parede. Por isso, ao posicionar seus eletrodomésticos, especialmente os de refrigeração, leve isso em conta.

 aasdf Geladeira em nichos fechados ou próximo de fontes de calor aumenta o consumo de energia — Foto: aasdf

8. Deixar o carregador na tomada gasta energia ✅

Embora o gasto seja mínimo, menor que o de um aparelho em stand-by, o carregador continua consumindo energia mesmo sem o celular conectado. Isso acontece porque ele possui um circuito interno que transforma a tensão da rede em uma tensão menor, pronta para carregar o dispositivo. No fim do mês, vários carregadores ociosos na tomada podem somar um gasto desnecessário de até 2% da conta de luz.

 Rafael Costa/TechTudo Carregador ligado sem estar conectado com o celular continua gastando energia — Foto: Rafael Costa/TechTudo

9. A potência do aparelho é o que realmente define o consumo ✅

O consumo de um equipamento depende diretamente da sua potência, em watts, e do tempo de uso. Isso significa que aparelhos de alta potência, como chuveiro elétrico, air fryer ou ferro de passar, consomem muito mais energia em uma hora de funcionamento do que equipamentos de baixa potência, como ventiladores ou TVs.

 Reprodução/Freepik Ferro de passar roupa gasta mais energia devido a elevada potência — Foto: Reprodução/Freepik

10. Quedas de energia podem queimar equipamentos mesmo desligados ✅

Embora pouco divulgado, isso é verdade. Durante uma interrupção de energia (apagão) e, principalmente, no momento em que a energia retorna, podem ocorrer picos de tensão na rede elétrica. Mesmo que um aparelho esteja desligado pelo controle ou pelo botão, se continuar conectado à tomada, ele ainda pode ser atingido por essa sobrecarga e ter danos irreversíveis em seus componentes eletrônicos. A única forma de garantir proteção total é desconectá-lo da tomada ou usar dispositivos apropriados, como nobreaks e outros equipamentos de proteção.

 Reprodução/Freepik Apagões podem comprometer o funcionamento dos eletrodomésticos — Foto: Reprodução/Freepik

*Com informações da Cemig, CPFL Energia, Neoenergia e Enel.

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