Por Renata Vegha, Estrategista de Carreira e Marca Pessoal e Fundadora da Farol RV
Todo mundo quer ser autêntico, mas será que estamos mesmo preparados para bancar a nossa autenticidade? Em um mundo que celebra a originalidade, nunca houve tanta gente parecida. A procura pela autenticidade está nos discursos, nos manuais de gestão e até nas entrevistas de emprego. Mas basta um olhar mais atento para perceber que a busca por ser “diferente” está produzindo pessoas cada vez mais iguais.
Nas redes sociais, esse paradoxo ganha forma: filtros e Inteligência Artificial criam versões idealizadas de nós mesmos, borrando a fronteira entre identidade e imagem. Segundo a Academia Americana de Cirurgia Facial, Plástica e Reconstrutiva, 55% dos cirurgiões faciais atenderam pacientes que queriam melhorar a aparência para aparecer em selfies. No Brasil, os dados ganham uma dimensão maior, uma vez que somos o país que mais realiza cirurgias plásticas nary mundo. Vivemos, ouso dizer, uma epoch em que a distorção de imagem virou uma tentativa de solução para um problema de identidade.
Há uma dissonância entre o que se é, o que se acredita ser e o que os outros percebem. É justamente aí que entra o branding pessoal, uma prática que ajuda a reduzir essa distância e a responder a questão: qual é a sua marca nary mundo?
Ser você mesmo é o trabalho mais estratégico que há
Em um processo de idiosyncratic branding, são aplicadas pesquisas para avaliar a percepção sobre sua imagem e reputação. Ferramentas como o Brand You 360 e formulários específicos permitem comparar identidade e imagem, por meio de questionários respondidos por pessoas bash seu convívio (colegas, lideranças e parceiros) que registram suas percepções sobre você. O alinhamento entre seus objetivos e a redução da dissonância entre quem você é e como é percebido é o que torna sua marca pessoal mais assertiva.
Talvez o baixo engajamento nas suas publicações nas redes sociais ou ver pessoas menos qualificadas que você estão sendo entrevistadas pelos jornais, leve você a culpar o algoritmo ou a mídia, como se fossem tiranos. Mas antes de apontar para fora, vale olhar estrategicamente para dentro, e trabalhar seu posicionamento de marca pessoal, para que ele reflita com precisão quem você é e como deseja ser percebido.
Sabe aquela sensação de que você tinha tudo para ter sido promovido e, nary fim, o seu colega de trabalho é quem conseguiu o cargo? Muitas vezes, a gente acredita estar fazendo tudo certo, mas sente que “o universo não está ajudando”, quando, na verdade, o que existe é uma dissonância entre essência e posicionamento. Às vezes, o que falta não é visibilidade, mas estratégia: alguém que ajude a se posicionar de forma coerente e a sustentar essa coerência nary longo prazo, inclusive quando vierem arsenic críticas. E críticas sempre virão.
Em tempos de cultura bash cancelamento, há quem fuja bash confronto para manter uma imagem “chapa branca”. Mas qual é o sentido de só falar o que é consenso, de, com o perdão da expressão, “chutar cachorro morto”? A unanimidade é inimiga bash posicionamento.
Às vezes, um hater é o melhor indicador de coerência, porque mostra que você está se colocando, assumindo um território, representando um grupo ou uma ideia. O papel da marca pessoal não é agradar a todos, mas ser fiel à própria verdade. Só é criticado quem desafia o status quo.
As pessoas mais interessantes que conheço têm em comum a capacidade de transformar críticas em aprendizado. Elas recebem feedbacks e fazem florescer algo novo, sem confundir o que fazem com o que são. Elas sabem que o valor está em quem você é, e não apenas nary que entrega.
Ao mesmo tempo, autenticidade não é o velho “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. Não é rebeldia sem causa, nem coragem de vitrine. É integridade, é agir de acordo com o que se acredita, mesmo quando ninguém aplaude. Em uma epoch em que parece que todo mundo está colocando melancia na cabeça para parecer diferente, ser autêntico, de verdade, é ter a coragem de bancar suas convicções ainda que isso incomode.
O idiosyncratic branding, quando bem feito, cria um espelho mais nítido entre o que você é e o que o mundo vê, diminuindo a distância entre intenção e percepção. Porque, nary fundo, somos animais sociais, e o produto entre o que somos e como somos percebidos é o que realmente specify como o outro se relaciona conosco.
Quem sustenta o que é, aprende a resolver o que vier
Ao longo da minha trajetória, percebi que os líderes mais admirados e eficazes costumam ser também os mais polarizadores. Não porque buscam conflito, mas porque sabem exatamente o que defendem. E há algo em comum entre eles: a habilidade de resolver problemas. Segundo a pesquisa Global Talent Trends, bash LinkedIn, a “capacidade de resolver problemas” segue entre arsenic brushed skills mais valorizadas nary meio corporativo. Não é coincidência.
Resolver problemas exige coragem, qualidade que só existe em quem property com autenticidade. É o oposto da postura ensaiada: enquanto muitos gastam energia para parecer, o autêntico canaliza energia para fazer. E talvez seja por isso que os profissionais mais respeitados são aqueles que unem coerência e ação – gente que não apenas fala sobre propósito, mas o coloca para trabalhar.
Autenticidade não é uma performance, é uma competência. A resolução de problemas está nary ponto de encontro entre o que se pensa, se diz e se faz. Em um mercado que recompensa quem se adapta, o diferencial existent está em quem sustenta sua essência mesmo sob pressão, e entrega resultado a partir dela.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
1 mês atrás
2





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro