Redmi Note 14: tudo o que você precisa saber antes de comprar o celular

Quem decide comprar o Redmi Note 14 precisa considerar não apenas a ficha técnica, mas principalmente como o aparelho se comporta no mundo real. Para ajudar nessa etapa, o TechTudo reuniu os pontos mais importantes de testes realizados por portais como o GSMArena, NotebookCheck e PhoneArena, destacando os prós, os contras e o que realmente muda no uso diário. A seguir, você encontra tudo o que precisa saber antes de "bater o martelo".

O TechTudo reuniu uma série de informações sobre o Redmi Note 14 para te ajudar na hora da compra. A seguir, confira os tópicos a serem abordados nesta matéria:

O Redmi Note 14 tem tela AMOLED de 6,67 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz, brilho de até 1.800 nits e proteção Gorilla Glass 5. Nos reviews, a qualidade do painel foi um dos aspectos mais elogiados: o NotebookCheck registrou até 1.176 nits no brilho automático, o que o coloca acima da média entre os aparelhos de sua categoria, sendo perfeitamente utilizável sob luz solar direta. Para quem consome séries, vídeos e navega muito em redes sociais, é uma tela vibrante, estável e competente.

O GSMArena, por sua vez, reforça que o painel do Redmi Note 14 4G é praticamente o mesmo usado no Redmi Note 14 5G, mantendo contraste infinito e boa calibração de cores. Porém, ressalta um ponto importante: não há HDR10, recurso presente no modelo 5G e retirado nesta versão 4G para baratear o aparelho. Outro detalhe observado é o PWM de 120 Hz, considerado baixo, o que pode causar incômodo em pessoas sensíveis a flickering — ponto negativo já citado também pelo NotebookCheck.

Em fluidez, o Note 14 entrega uma experiência confortável, com rolagem suave e excelente tempo de resposta — o display atingiu tempos de transição de cerca de 1,4 ms, impressionando reviewers. Entretanto, críticas menores recaem sobre a ausência de um Always-On Display verdadeiro: o AOD apaga sozinho após alguns minutos, o que limita sua utilidade. No geral, porém, a tela continua sendo um dos maiores atrativos do modelo.

Com relação às câmeras, o celular tem sensor principal de 108 MP, acompanhada por um sensor macro de 2 MP e outro de profundidade, também de 2 MP. Na prática, todos os reviews confirmam: existe apenas uma câmera realmente útil. Tanto o GSMArena quanto o PhoneArena classificam o conjunto secundário como puramente “decorativo”, sem benefícios reais para a fotografia — crítica que se repete ano após ano nos intermediários mais baratos da marca.

Em fotos de dia, o sensor Samsung HM6 entrega imagens nítidas e com bom nível de detalhes, especialmente no modo padrão de 12 MP. O processamento é rápido, a exposição é estável e a cor tende ao neutro. Porém, há ressalvas importantes. Em testes, o PhoneArena notou dificuldades no alcance dinâmico, com céu estourado e sombras escuras. Já o GSMArena menciona cores mais pálidas do que o ideal e zoom digital limitado, com perda visível de nitidez acima de 2x.

À noite, os testes apontam uma evolução em relação ao Note 13. O modo automático aciona o Night Mode com frequência e reduz bem o ruído, entregando imagens mais limpas que o esperado para a faixa de preço. Mesmo assim, limites são evidentes: o HDR noturno é moderado, e o balanço de branco tende ao tom quente.

Em vídeo, o Redmi Note 14 grava apenas em 1080p, sem 4K — um recuo forte frente a concorrentes. A estabilização melhorou, mas ainda não empolga. A câmera frontal de 20 MP, embora superior ao modelo anterior, foi classificada como suave e sem muitos detalhes.

O Redmi Note 14 usa o processador MediaTek Helio G99 Ultra, evolução discreta do G99 comum e superior ao Snapdragon 685 do Redmi Note 13. A Xiaomi promete desempenho sólido para o dia a dia, e os testes confirmam isso , mas com ressalvas. No AnTuTu, o aparelho marcou cerca de 428 mil pontos, enquanto no GeekBench ficou na casa dos 1.950 pontos.

Na prática, isso significa que o smartphone roda redes sociais, navegação, streaming e até jogos leves com tranquilidade. Um detalhe interessante destacado pelo NotebookCheck é que o aparelho permanece sempre frio, mesmo sob carga pesada, indicando boa eficiência térmica. Porém, tanto PhoneArena quanto GSMArena apontam que o Redmi Note 14 não é um celular rápido: há stutters ocasionais ao alternar apps e leves engasgos em jogos como PUBG Mobile no modo HD, exigindo configurações mais baixas.

Comparando com concorrentes da mesma faixa — como Galaxy A16 5G, Moto G35 e Poco M6 Pro —, ele fica na média, sendo superado pelo Dimensity 7300 do Poco X7, por exemplo. Ainda assim, é um salto considerável frente ao Redmi Note 13, tornando o aparelho mais confortável para uso cotidiano.

O smartphone tem bateria de 5.500 mAh, um upgrade importante. Aqui, todos os reviews concordam: a autonomia é um dos maiores trunfos do Redmi Note 14. No teste do PhoneArena, o aparelho alcançou 16 horas navegando, 13 horas em vídeo e quase 10 horas em jogos — números superiores ao modelo anterior e ao Galaxy A16 5G. A eficiência do Helio G99 Ultra e o gerenciamento agressivo do HyperOS contribuem para a excelente duração.

Para o usuário comum, isso se traduz em um dia e meio de uso moderado ou mais, dependendo do perfil. Em carga, o aparelho suporta 33 W, atingindo cerca de 55% em 44 minutos. O carregamento completo leva em torno de 1h18 dentro do esperado. Não há carregamento sem fio — algo normal dentro dessa faixa de preço.

Um ponto de atenção é o gerenciamento de energia: o HyperOS tende a matar apps em segundo plano para economizar bateria, o que pode comprometer notificações em alguns aplicativos — problema real relatado em diversos reviews internacionais.

De maneira geral, as análises combinadas do GSMArena, NotebookCheck e PhoneArena revelam um conjunto de limitações que aparece de forma consistente entre os reviews. A ausência da câmera ultrawide, presente no Redmi Note 13, é considerada a perda mais sentida, já que reduz drasticamente a versatilidade fotográfica do aparelho.

Além disso, o sensor principal enfrenta dificuldades com alcance dinâmico, produzindo céus estourados e sombras muito escuras em cenários de alto contraste. Os vídeos restritos a 1080p também são apontados como um retrocesso, especialmente quando concorrentes diretos já oferecem gravação em 4K nessa mesma faixa de preço.

Outro conjunto de críticas recai sobre os sensores auxiliares: tanto o macro quanto o de profundidade são descritos como componentes “decorativos”, oferecendo pouca ou nenhuma utilidade real na experiência fotográfica. O sistema de vibração — ou haptics — também aparece como um ponto fraco, com o PhoneArena classificando a sensação tátil como “borrachuda” e imprecisa. Para completar, a baixa frequência de PWM (120 Hz) pode causar desconforto ocular, principalmente em usuários mais sensíveis ao flickering.

No uso cotidiano, alguns reviewers relatam problemas que impactam diretamente a experiência de longo prazo. O NotebookCheck menciona quedas aleatórias no Wi-Fi, enquanto testes internacionais relatam falhas intermitentes em notificações devido ao gerenciamento agressivo do HyperOS, que encerra aplicativos em segundo plano para economizar energia.

A ausência de HDR10 na tela, presente na versão 5G, é outro ponto lembrado pelos especialistas. Embora nenhum desses fatores torne o Redmi Note 14 um aparelho ruim, são aspectos relevantes que o consumidor deve considerar antes da compra, especialmente se busca um dispositivo equilibrado em todos os aspectos.

O Redmi Note 14 se destaca como uma opção interessante para quem busca um celular equilibrado e acessível, especialmente entre aqueles que priorizam bateria de longa duração, uma tela AMOLED de boa qualidade e desempenho consistente no uso diário. Por custar em torno de R$ 1.000 no varejo, ele se torna atraente para usuários que consomem muito conteúdo multimídia, assistem a vídeos por longos períodos e precisam de um aparelho confiável para trabalho leve.

Outro ponto que beneficia esse público é a presença de microSD e entrada P2, recursos que estão cada vez mais raros no mercado, além do som estéreo, que melhora a experiência de jogos casuais e streaming.

Entretanto, o aparelho não é uma escolha adequada para todos os perfis. Usuários que dependem de câmeras versáteis podem se frustrar com a ausência da lente ultrawide e com a limitação de vídeos a 1080p, enquanto quem joga títulos mais pesados ou exige gráficos elevados encontrará desempenho mais consistente em concorrentes como o Poco X7.

Pessoas sensíveis ao flickering também devem ter cautela, pois a baixa taxa de PWM pode causar desconforto visual, e quem depende de notificações precisas pode sofrer com o fechamento agressivo de aplicativos em segundo plano pelo HyperOS. Esses detalhes fazem diferença significativa para públicos mais exigentes.

No fim das contas, o Redmi Note 14 entrega a proposta central da Xiaomi: ser um intermediário acessível, estável e que cumpre bem as tarefas cotidianas. Ele brilha em autonomia, traz uma boa experiência multimídia e oferece funções práticas que muitos concorrentes abandonaram. Porém, como qualquer aparelho nessa faixa de preço, exige que o consumidor aceite suas limitações, especialmente em fotografia, desempenho avançado e alguns pontos do software. Para quem entende esses compromissos, o Note 14 pode ser uma compra excelente.

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