Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que as ações norte-americanas representam uma retomada de práticas de anarquia na região e alertou para o risco de agravamento da crise.
A porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova, declarou que o bloqueio equivale ao “roubo de propriedade alheia” e defendeu a necessidade de desescalada.
Segundo ela, Moscou espera que o “pragmatismo e a racionalidade” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contribuam para a busca de soluções aceitáveis para todas as partes, em conformidade com o direito internacional.
Zakharova também reiterou o apoio da Rússia aos esforços do governo de Nicolás Maduro para preservar a soberania, os interesses nacionais e garantir um desenvolvimento estável e seguro da Venezuela.

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EUA ainda tentam apreender terceiro petroleiro
Além disso, a agência Bloomberg, citando uma fonte próxima à operação, informou que o Bella 1 não estava carregado de petróleo e navegou de volta ao oceano Atlântico.
O petroleiro não deve retornar à Venezuela. Segundo a Bloomberg, o petroleiro sancionado foi abordado inicialmente próximo a Barbados, no mar do Caribe.
Devido às más condições do tempo, foi orientado a seguir para águas mais calmas para ser apreendido. Um oficial dos EUA disse que "a Guarda Costeira não desistiu de apreender o petroleiro e que existe uma ordem judicial de apreensão para ele".
Um funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato à Reuters, disse que os agentes da Guarda Costeira no porta-aviões Gerald Ford eram de uma Equipe de Resposta de Segurança Marítima e que, naquele momento, estavam longe demais do Bella 1 para realizar uma operação de abordagem.
Nas últimas semanas, a Guarda Costeira apreendeu dois petroleiros perto da Venezuela, aumentando a pressão do governo Trump sobre Nicolás Maduro.
Na quarta-feira (24), a Reuters também informou que a Casa Branca ordenou que as forças militares dos EUA se concentrem quase exclusivamente em deixar a Venezuela em estado de "quarentena".
A autoridade, falando sob condição de anonimato, disse que a ordem da Casa Branca foi para que as forças dos EUA se concentrassem quase exclusivamente “na quarentena do petróleo venezuelano por pelo menos os próximos dois meses”

Reuters: EUA aguardam reforço para abordar petroleiro
Por que os navios estão sendo apreendidos?
A Venezuela concentra a maior reserva comprovada de petróleo do planeta, com capacidade de aproximadamente 303 bilhões de barris — ou 17% do volume conhecido —, segundo a Energy Information Administration (EIA), órgão oficial de estatísticas energéticas dos EUA.
Esse volume coloca o país à frente de gigantes como Arábia Saudita (267 bilhões) e Irã (209 bilhões), com ampla margem. Grande parte do petróleo venezuelano, porém, é extra-pesado, o que exige tecnologia sofisticada e investimentos elevados para extração.
Há um claro interesse dos EUA. Segundo a EIA, o petróleo pesado da Venezuela "é bem adequado às refinarias norte-americanas, especialmente às localizadas ao longo da Costa do Golfo".
Nesse contexto, o republicano atinge dois objetivos simultaneamente: ao buscar favorecer a economia dos EUA, também pressiona a produção e as exportações de petróleo da Venezuela — setor central para a economia do país e para a sustentação do governo de Nicolás Maduro.
Desde que os Estados Unidos impuseram sanções ao setor de energia da Venezuela, em 2019, comerciantes e refinarias que compram petróleo venezuelano passaram a recorrer a uma “frota fantasma” de navios-tanque, que ocultam sua localização, e a embarcações sancionadas por transportar petróleo do Irã ou da Rússia.
A China é a maior compradora do petróleo bruto venezuelano, que responde por cerca de 4% de suas importações. Em dezembro, os embarques devem alcançar uma média de mais de 600 mil barris por dia, segundo analistas consultados pela Reuters.
Se o embargo permanecer em vigor por algum tempo, a perda de quase um milhão de barris por dia na oferta de petróleo bruto tende a pressionar os preços do petróleo para cima.
O ataque a petroleiros ocorre enquanto Trump ordenou ao Departamento de Defesa que realizasse uma série de ataques contra embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico que sua administração alega estarem contrabandeando fentanil e outras drogas ilegais para os Estados Unidos e além.
Pelo menos 104 pessoas foram mortas em 28 ataques conhecidos desde o início de setembro.
Veja quais foram os navios interceptados. — Foto: Arte/g1 - Bruna Azevedo

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