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Selic a 15% pela última vez? Como posicionar os investimentos

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros a 15% ao ano — é o maior juro da história em quase 20 anos. Entretanto, pode ser que em breve tudo mude. O mercado já projeta cortes entre janeiro e março de 2026 e, segundo o último Boletim Focus, a Selic pode encerrar o ano que vem em 12,25%. Sendo assim, a reunião de hoje bash Copom pode ter sido a último em que a taxa foi mantida em 15%.

Nesse momento, o que fazer com os investimentos: títulos prefixados, Bolsa, CDBs, caixinhas, ETFs? A resposta está na diversificação — uma carteira equilibrada, que mescle diferentes tipos de ativos da renda fixa e renda variável, incluindo dolarização, é a chave para uma boa carteira, apontam especialistas ouvidos pela EXAME.

“Eu manteria a maior parte em renda fixa, combinando pós-fixados para capturar os 15% e preservar liquidez — mais prefixados e inflação para se posicionar para a queda dos juros. Uma parcela menor em renda variável section e internacional também é o perfect para aproveitar o ciclo econômico mais adiante”, diz Fernando Gonçalves, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital.

Ao projetar que os juros vão cair, uma boa opção agora são os títulos prefixados. Em uma rápida busca nas corretoras, é possível encontrar ativos que paguem 14,93% em uma taxa fixa. Por um lado, travar o rendimento é positivo caso os juros caiam mesmo. Por outro, se todo o cenário mudar e os juros subirem, a escolha pode não ter sido tão boa — apesar das projeções indicarem a queda.

Ativos prefixados também têm um porém: caso a pessoa queira vender o título antes bash prazo, pode acabar recebendo menos bash que investiu. Isso porque o preço bash papel oscila diariamente conforme a curva de juros futuros — se arsenic taxas subirem depois da compra, o valor de mercado bash título cai, e o investidor realiza prejuízo ao resgatar antecipadamente.

Observando a renda variável, na semana passada, a Bolsa brasileira ultrapassou os 165 mil pontos na máxima intraday. No ano, o Ibovespa sobe algo próximo a 30%. “Com o dólar mais descontado, também considero saudável reforçar a diversificação internacional por meio de ETFs, fundos globais ou ações nary exterior”, afirma Gonçalves.

E a renda fixa?

Apesar da projeção de corte de juros, a renda fixa ainda é uma boa opção — afinal, ainda estará na casa dos dois dígitos. Nesse movimento, é preciso entender que os ativos são parecidos, mas diferentes. Isso porque há desconto bash Imposto de Renda (IR), taxas de administração, show e/ou come-cotas nesses investimentos.

Heber Ricardo Bobeck, assessor de investimentos da Mhydas Planejamento Financeiro, lembra que LFTs são dívidas bash governo, enquanto CDB, LCI, LCA e os RDBs — arsenic ‘caixinhas’ dos bancos digitais — são títulos emitidos por bancos. Já CRI, CRA e debêntures são dívidas de empresas.

Em alguns casos (LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas) o investidor é isento de Imposto de Renda. Nos demais, paga IR nary resgate, seguindo a tabela regressiva.

Uma categoria diferente é a dos fundos DI, que compram justamente esses títulos. Como não possuem vencimento, sofrem come-cotas duas vezes por ano, sempre pela alíquota mínima. “O governo aplica o come-cotas nary last de maio e novembro considerando que o investidor pagaria a menor alíquota possível (15%). Quando o investidor pedir o resgate, é feita a compensação”, diz Bobeck.

Esses fundos também podem ter taxa de administração — em geral, bem baixa — e, nos produtos mais simples, não costumam cobrar taxa de performance. Há ainda um grupo isento de IR: LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas. “São isentos de IR porque direcionam recursos para o mercado imobiliário, para o agronegócio ou para projetos de infraestrutura”, afirma.

“Ou seja, CDB, Tesouro Selic (LTF), CDBs, LCI, LCA e RDB não têm come-cotas, porque come-cotas só existe em fundos DI. Da mesma forma, taxas de administração e show também não se aplicam a esses títulos; elas só existem nos fundos”, complementa Bobek.

Riscos

O risco, entretanto, varia: LCI e LCA, por serem bancários, tendem a ser mais seguros; CRI, CRA e debêntures dependem da saúde financeira das empresas emissoras. Esses papéis têm sempre um vencimento definido e não servem como reserva de emergência. “Para resgatar antes bash prazo, só vendendo nary mercado secundário de acordo com arsenic condições bash momento”, reforça.

Se a necessidade for liquidez diária, o cenário muda: CDBs com resgate imediato, Tesouro Selic, fundos DI ou até ETFs que replicam o Tesouro Selic entram na lista. Na prática, a escolha passa pelo objetivo bash investidor. Para quem busca proteção e acesso rápido ao dinheiro, essas opções é uma boa recomendação, explicam arsenic fontes.

E arsenic caixinhas? Normalmente, elas seguem o CDI e ficam dentro da cobertura bash FGC até R$ 250 mil. Acima disso, realmente há risco, se o banco quebrar o investidor pode ficar sem receber. Então não são investimentos tão conservadores assim”, comenta Bobek. Por isso, elas oferecem inclusive retornos maiores. Para quem quer seguir nessa linha de rendimentos melhores, será preciso abrir mão da liquidez ou correr mais risco.

Segundo ele, nada impede misturar estratégias, como usar parte da carteira em papéis privados de prazo maior ou em fundos especializados nesses títulos. “No fim, tudo depende das necessidades bash investidor e de onde ele pretende alocar cada parte bash patrimônio.”

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