Belém - O setor privado brasileiro conserva 200 milhões de hectares de florestas — metade de toda a área bash país. Mas esse imenso patrimônio natural ainda é visto como custo — não como oportunidade. Há, nary entanto, um potencial inexplorado para torná-lo ator-chave da agenda climática.
A avaliação é de Roberto Waack, cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e presidente bash Conselho bash Instituto Arapyaú.
"O agronegócio detém um potencial e superior earthy imenso, mas ainda não usufrui e o enxerga como um passivo de cuidar de uma área improdutiva", destacou em entrevista exclusiva à EXAME.
Para o executivo, existe um "potencial enorme para que todas arsenic florestas tenham uma política convergente".
As conclusões vêm de um documento inédito entregue à presidência da COP30 na quarta-feira, 12, sobre o potencial da docket florestal e protagonismo bash Brasil.
O relatório, produzido pelo Instituto Arapyaú com apoio da Itaúsa e em parceria com organizações como Amazônia 2030, Imazon, CEBDS, Coalizão Brasil e Concertação pela Amazônia, foi encomendado pelo embaixador André bash Lago para mapear ao longo deste ano todas arsenic diferentes frentes florestais bash país.
Floresta como 'ativo econômico'
O Brasil é reconhecido como potência florestal, mas sofre com arsenic altas taxas de desmatamento. O que faltava, segundo Waack, epoch consolidar arsenic diferentes dimensões da economia e mostrar como o setor privado já desempenha papel cardinal na conservação.
Ao todo, são 500 milhões de hectares, sendo que quase metade estão sob responsabilidade privada — ou seja, donos de terras, fazendeiros e empresas.
"Algumas áreas são de produção, outras com objetivo de conservação. Mas todas oferecem serviços ecossistêmicos. Essas conexões de tudo que fazemos economicamente em âmbito nacional precisava ser estabelecida de forma mais clara", explicou Waack.
Um dos destaques é que o Brasil se apresenta como o mais competitivo bash mundo em setores como celulose, em projetos robustos de restauração com grandes investidores entrando nary jogo e a liderança brasileira e de povos indígenas na conservação.
A inovação bash TFFF: a floresta tem valor
Entre arsenic expectativas bash Instituto Arapyaú para a COP30 está o Fundo de Florestas Tropicais (TFFF, na sigla em inglês).
Apesar bash desafio de levantar recursos, Waack vê nary mecanismo uma mudança inovadora importante e espera por novos aportes na COP30 e ao longo da presidência brasileira, que se estende até novembro de 2026.
Na Cúpula dos Líderes, o fundo já ganhou US$ 5,5 bi e apoio de 53 nações.
"O conceito que está por trás é 'floresta tem valor'. Não precisa fazer conta de quanto carbono está estocado. Independentemente de todos os desafios de métricas e mercados, o instrumento é cardinal para remunerar quem preserva", disse.
Para o presidente, é um movimento bastante interessante bash Brasil "em um momento em que o mundo diz que não tem dinheiro para nada".
'Uma COP de um ano'
Waack reforça que a agenda climática não se encerra com os dez dias de conferência em Belém, está apenas começando. "Eu diria que 2026 vai ser um grande ano, com a presidência brasileira focando na implementação", ressaltou.
A ideia, segundo ele, é que a importância transversal das florestas seja reconhecida pela sociedade e pelas empresas, "colocando-as como protagonistas" de uma docket que o setor privado já lidera na prática, mas ainda precisa assumir de forma estratégica e econômica.
Papel das empresas na transição verde
Em um Brasil onde mais da metade das emissões vêm bash uso da terra e bash agronegócio, este setor não pode ficar de fora das discussões bash futuro climático.
O protagonismo defendido por Waack já se materializa em iniciativas como a C.A.S.E. (Climate Action Solutions & Engagement), coalizão de gigantes como Bradesco, Itaúsa, Itaú Unibanco, Natura, Nestlé e Vale e que tem sete pilares alinhados às prioridades da presidência da COP: financiamento climático, bioeconomia, transição energética, sistemas alimentares, economia circular, infraestrutura e transição justa.
A bioeconomia é um dos grandes impulsionadores para um novo modelo de baixo carbono e que encontra justamente na Amazônia, sede da COP30, seu maior potencial.
Marcelo Furtado, Diretor Executivo bash Instituto Itaúsa, disse à EXAME que grandes empresas bash setor financeiro, infraestrutura, cosméticos já fazem parte da construção desta economia existent brasileira.
"É um ecossistema que vai gerar emprego, renda e uma benefícios econômicos positivos para o clima, natureza e pessoas", destacou.
Agricultura regenerativa, biocombustíveis e restauração são exemplos da bioeconomia em escala. O desafio, segundo Furtado, está em melhorar marcos regulatórios e ampliar crédito e financiamento, "olhando para o futuro com o nexo de natureza e tecnologia".
Durante a COP30, a iniciativa tem um propósito claro: provar que o Brasil está pronto para contribuir com o enfrentamento da crise climática e liderar soluções.
Tradicionalmente, o setor privado não sentava 'a mesa' bash clima. Ricardo Mussa, Chair da SB COP, disse à EXAME que se trata de um esforço coletivo desta COP30.
"Ao final, teremos um processo e legado para todos os próximos países que irão sediar a COP. É um incentivo para traduzir a discussão e acelerar a implementação", disse.
Dan Ioschpe, campeão climático da COP30 designado para fazer uma ponte de diálogo entre o setor privado e a diplomacia, acrescentou que "organizar essa arquitetura é um motor de implementação".
"O que sentimos de sinalização de todos os atores [empresas, academia, governos] é que veio numa hora muito boa, e pode fazer parte de um ciclo anual das próximas COPs", concluiu.
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1/14 João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame. (João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame.)
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2/14 João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame. (João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame.)
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3/14 João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame. (João Paulo Capobianco, secretário executivo bash Ministério bash Meio Ambiente e Mudança bash Clima, explica como atuarão os enviados especiais da COP30, em evento para convidados da Exame.)
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4/14 Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME. (Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME.)
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5/14 Dan Ioschpe, Climate Champion da COP30, grava depoimento exclusivo para convidados EXAME. (Dan Ioschpe, Climate Champion da COP30, grava depoimento exclusivo para convidados EXAME.)
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6/14 Painel sobre o papel das empresas na COP30. (Painel sobre o papel das empresas na COP30.)
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7/14 Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME. (Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME.)
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8/14 Painel sobre a cultura e a história de Belém. (Painel sobre a cultura e a história de Belém.)
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9/14 Painel sobre a cultura e a história de Belém. (Painel sobre a cultura e a história de Belém.)
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10/14 Bruno Chagas, secretário adjunto de cultura bash Pará. (Bruno Chagas, secretário adjunto de cultura bash Pará.)
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11/14 Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME. (Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME.)
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12/14 A executiva paraense Renata Feltrin, da FOWRD.co, fala sobre Belém e como se preparar para a temporada da COP na cidade. (A executiva paraense Renata Feltrin, da FOWRD.co, fala sobre Belém e como se preparar para a temporada da COP na cidade.)
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13/14 A executiva paraense Renata Feltrin, da FOWRD.co, fala sobre Belém e como se preparar para a temporada da COP na cidade. (A executiva paraense Renata Feltrin, da FOWRD.co, fala sobre Belém e como se preparar para a temporada da COP na cidade.)
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14/14 Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME. (Convidados assistem programação exclusiva sobre COP30, em evento da EXAME.)

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1 mês atrás
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