Tropeço da Oracle atinge negociação de ações ligadas à IA, mas otimismo continua

Alguns investidores acham que as ações relacionadas à IA estão supervalorizadas. Nomes de destaque, como Michael Burry, têm se mostrado pessimistas, comparando o recente boom da IA com o da era ponto-com dos anos 1990. Ainda assim, as vendas a descoberto têm se limitado a empresas menores, com poucas apostas de baixa contra os maiores nomes da IA.

As preocupações mais recentes se concentraram na Oracle. As ações da companhia caíram até 16,5% na quinta-feira, um dia depois que a empresa, que contraiu dívidas para financiar seus ambiciosos investimentos em IA, alertou que os desembolsos de capital para o ano fiscal de 2026 agora devem ser US$15 bilhões mais altos do que o estimado em setembro.

Além disso, ampliando o sentimento negativo, a Broadcom alertou que as margens cairão, o que fez suas ações recuarem após o fechamento dos mercados na véspera.

A queda na ação da Oracle pesou sobre outros papéis de tecnologia, com investidores preocupados com os gastos com IA e com a falta de um cronograma claro sobre os retornos dos investimentos das empresas.

"Vejo isso mais como uma questão da Oracle do que como um problema da IA em geral", disse Chuck Carlson, presidente-executivo da Horizon Investment Services em Hammond.

"A Oracle é um pouco diferente, pois está tentando se tornar um hiperescalador, mas não tem o fluxo de caixa, não tem a força financeira dos hiperescaladores, como Alphabet, Microsoft e Amazon... Não acho que isso será algo que destruirá o mercado de IA", disse Carlson.