Trump usou a chamada diplomacia da chantagem — a de impor tarifas de 25% que começariam a vigorar no primeiro minuto desta terça-feira, mas pausou as exigências por um mês depois que a presidente mexicana e o premiê canadense concordaram em pôr 10 mil agentes em suas fronteiras para combater o tráfico de drogas e a entrada de imigrantes ilegais.
“O Canadá está se ajoelhando, assim como o México”, resumiu a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, à CNN.
Não é bem assim. As bolsas despencaram na segunda-feira, antevendo um forte indício dos custos que os EUA arcariam com uma guerra comercial indesejada: aumento da inflação para os americanos e prejuízos às cadeias de suprimentos.
Em 30 dias, este panorama deve registrar poucas mudanças. Trump manterá a fama de durão diante de seus simpatizantes, e os vizinhos, tradicionais aliados dos EUA, terão aceitado retribuir com algum agrado a ele, para evitar o pior cenário.
O presidente americano é afeito a intimidações e, em duas semanas, soube esticar a corda com seus parceiros, abusando da cartada tarifária para alcançar objetivos. Ele se serviu da figura da fábula, nesta segunda-feira no Salão Oval, para atribuir aos EUA o papel da galinha dos ovos de ouro do mundo. “Ninguém pode competir conosco. As tarifas são muito poderosas e vão tornar nosso país muito rico.”
A cruzada protecionista de Trump contra aliados têm riscos, entre eles o de minar a confiança desses países nos EUA diante dos sucessivos arroubos autoritários do presidente. O clima político altamente polarizado no Canadá, por exemplo, cedeu lugar à união de todos contra o vizinho americano.
Trump se vangloria de ter feito mais em duas semanas do que seus antecessores Biden e Obama em 12 anos. Mas viu a China reagir, com novas retaliações, assim que as tarifas de 10% dos EUA entraram em vigor: uma investigação antitruste sobre o Google e tarifas de 10% e 15% sobre petróleo bruto, carvão e gás liquefeito exportados pelos EUA.
O jogo entre as duas maiores potências econômicas do mundo ainda rola como amistoso até uma conversa prevista entre Trump e Xi Jinping, para tentar um acordo e evitar um confronto comercial.

Miriam Leitão: Trump recua preocupado com a inflação nos EUA

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10 meses atrás
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