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12 jogos amados que foram fracassos comerciais e você não sabia

Os videogames são uma mídia que recebe centenas de novos títulos semanalmente, e nem sempre aqueles que são amados pelos fãs ou bem-recebidos pela crítica obtêm o sucesso pretendido na lógica capitalista. É o caso de títulos como Okami, que embora teve uma sequência revelada durante o The Game Awards em dezembro, foi um grande fracasso comercial no seu lançamento original em 2006, acarretando o fechamento do seu estúdio. Até mesmo nomes como Fortnite e GTA Online, que hoje em dia são uma fonte inesgotável de dinheiro, tiveram estreias tumultuosas e difíceis de acreditar em retrospecto.

Pensando nisso, o TechTudo separou uma lista com 12 jogos muito amados pelo público, mas que foram fracassos comerciais ou tiveram algum problema crítico que você provavelmente não sabia. Veja, a seguir, com detalhes de gameplay, onde jogar e preços:

 Reprodução/Steam Okami é considerado uma joia da era do PS2 e chama a atenção com seus visuais e mecânicas de gameplay — Foto: Reprodução/Steam

12 jogos amados que foram fracassos comerciais e você não sabia

O caso de Hi-Fi Rush é bastante emblemático. O jogo de ação rítmico e com temática anticorporativista da Tango Gameworks, mesma empresa de The Evil Within, foi bem-recebido pela crítica e pelos fãs não apenas pela sua qualidade técnica, mas também pelo fator surpresa: o game foi lançado no Game Pass e Steam no mesmo dia do seu anúncio, em janeiro de 2023. Especula-se que o título alcançou pelo menos três milhões de players, mas, durante o imbróglio da aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, Hi-Fi Rush não atendeu as expectativas fora da realidade do Xbox e teve seu estúdio fechado em maio do ano passado.

Em agosto de 2024, a sul-coreana Krafton, Inc, responsável por PUBG, comprou a Tango Gameworks e os direitos sobre a marca Hi-Fi Rush em uma reviravolta inesperada. A desenvolvedora já tinha uma sequência em produção e agora poderá dar continuidade aos planos de expandir a franquia. Vale lembrar que o jogo está disponível para compra no PlayStation 5 (PS5) pelo preço de R$ 149,50, além de Xbox Series X, Xbox Series S e PC por R$ 117,65.

 Reprodução/Bruno Magalhães Hi-Fi Rush foi anunciado e lançado no mesmo dia no Xbox Game Pass, Steam e Epic Games Store — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Batman: Arkham Knight, game produzido pela Rocksteady Studios e lançado em 2015, foi o último jogo da trilogia feita para o Homem-Morcego. Essa sequência é tida como responsável por revitalizar o genêro de super-heróis nos videogames. Embora tenha sido o título que mais vendeu rapidamente naquele ano, ele foi muito criticado por problemas técnicos graves em sua versão de PC, que atingia um número baixo de fps mesmo em placas de vídeo mais poderosas. Por conta disso, o jogo foi removido da loja do Steam por aproximadamente três meses até que a desenvolvedora resolvesse essa pendência.

O jogo foca no combate reativo e exploração em mundo aberto, trazendo uma Gotham City bastante detalhada e noturna, explorando as tecnologias dos consoles da sua época. Além disso, uma das suas novidades era a gameplay com o Batmóvel. Em promoção, o game fica à venda a partir de R$ 8,99 no PlayStation 4 (PS4), Xbox One, Nintendo Switch e PC. Ele também está incluso no pacote Batman: Arkham Collection, que conta com os dois primeiros jogos da série.

 Reprodução/Steam Proteja Gotham City pela ultima vez na trilogia Arkham em Batman: Arkham Knight — Foto: Reprodução/Steam

Okami é um jogo de aventura e exploração que é lembrado pelos seus visuais, muito inspirados por pinturas tradicionais japonesas. No game, os usuários controlam a loba Amaterasu, a deusa do Sol, na tarefa de restaurar uma terra desolada pelas trevas. Ele apostava em mecânicas muito inventivas para a sua época, com destaque para o Pincel Celestial que permite pausar a ação quando quiser para pintar o cenário e executar ações exclusivas.

Na época do seu lançamento, em 2006, Okami tinha a pretensão de ser o grande lançamento do Clover Studio, um dos braços da Capcom. No entanto, atingiu apenas 90 mil cópias vendidas e sua desenvolvedora acabou sendo fechada. Com o tempo, Okami encontrou sua audiência e passou a ser mais conhecido, ganhando até mesmo uma versão remasterizada para PlayStation 4 (PS4), Xbox One, Nintendo Switch e PC por preços a partir de R$ 61,50. Seu diretor original, Hideki Kamiya, começou a trabalhar em uma sequência após quase 20 anos de expectativa dos fãs.

 Divulgação/Capcom Sequência de Okami parecia impossível, mas foi um dos anúncios mais marcantes do TGA 2024 — Foto: Divulgação/Capcom

Um dos maiores sucessos da atualidade, Fortnite teve uma estreia muito aquém do esperado. Isso porque, antes do famoso Battle Royale, o jogo da Epic Games apostava em um modo de sobrevivência pago, focado no cooperativo, chamado de Salve o Mundo em 2017. Além disso, o jogo ficou muito tempo em desenvolvimento e demorou aproximadamente seis anos para ser lançado após sua revelação original.

Tudo mudou quando a Epic Games lançou o modo Battle Royale, embarcando na onda do gênero, que já fazia sucesso com PUBG, e apostando na fórmula de microtransações e atualizações periódicas para engajar sua comunidade. Não é segredo de que deu muito certo e, hoje, o jogo é praticamente uma plataforma multibilionária que reúne várias experiências exclusivas e colaborações inusitadas. O jogo está disponível para PC, PlayStation, Xbox, Switch e dispositivos móveis.

 Divulgação/Epic Games Salve o Mundo, o modo campanha de Fortnite, foi a aposta inicial da Epic Games antes do Battle Royale — Foto: Divulgação/Epic Games

Mesmo após 11 anos desde o seu lançamento original, GTA 5 segue sendo um sucesso estrondoso com mais de 205 milhões de cópias vendidas e este número não para de crescer. Um dos grandes responsáveis é o seu componente multiplayer, o GTA Online, que recebe conteúdos constantemente e engaja sua comunidade com novas modalidades, como é o caso do Role Playing (RP). Mas nem sempre foi assim: GTA Online teve uma estreia bastante tumultuada e por pouco a Rockstar Games não o considerou um fracasso.

O principal dilema do seu lançamento, ainda em 2013, foi a alta demanda. Os jogadores enfrentaram muitos problemas de conexão e eram impossibilitados até mesmo de concluir o tutorial por conta dos servidores. Além disso, a Rockstar Games ainda não sabia como conduzir um jogo como serviço e o conteúdo de GTA Online levou tempo até ficar mais apelativo ao público. Vale notar que GTA 5 já cruzou três gerações de consoles e está disponível atualmente para PC, PlayStation e Xbox a partir de R$ 82,41.

 Divulgação/Rockstar GTA Online é um dos principais motivos pelos quais GTA 5 segue fazendo muito sucesso — Foto: Divulgação/Rockstar

Street Fighter V foi considerado um dos lançamentos mais catastróficos entre as grandes franquias de jogos de luta em 2016 no PS4 e PC. Na época, a Capcom queria apostar em um produto mais voltado aos jogadores competitivos, que são uma minoria do seu público, e acabou negligenciando conteúdos fundamentais para a experiência casual. Por exemplo, o jogo não tinha um Modo Arcade com a história dos personagens — algo que foi chegar anos mais tarde, com a chamada Arcade Edition.

Para piorar a situação, o código de rede de Street Fighter V também deixava muito a desejar, com problemas de conexão unilaterais e dificuldades para se conectar aos servidores — ou seja, nem mesmo o público mais competitivo se divertia. Além disso, houve muitos atrasos na entrega de conteúdos que estavam previstos e a Capcom também pecou bastante na comunicação com o público. Com o passar dos anos, a maior parte dos problemas do jogo foi corrigida e ele até mesmo durou um ano a mais que o pretendido, em antecipação ao lançamento de Street Fighter 6.

 Reprodução/Bruno Magalhães Street Fighter V: Arcade Edition também trouxe Sagat, Sakura, Blanka, Falke, Cody e G ao elenco — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Em retrospecto, Beyond Good and Evil é enxergado com muito carinho e até mesmo como um jogo à frente do seu tempo, tanto pela abordagem política da sua trama de ficção científica como também pela sua excelente protagonista feminina. No entanto, o jogo de aventura e ação da Ubisoft foi ofuscado ainda em 2003 por outro título da casa — Prince of Persia: Sands of Time. A publicadora teve dificuldades para aplicar o marketing do título, que acabou desempenhando abaixo do esperado e foi considerado um grande fracasso.

Com o tempo, o público descobriu Beyond Good and Evil e a Ubisoft trabalha em uma sequência desde 2008. O projeto já passou por diferentes lideranças e promete ser bastante ambicioso, mas ainda não há qualquer sinal de quando será lançado — a sua última aparição oficial com detalhes foi há mais de cinco anos. Vale lembrar que Beyond Good and Evil ganhou uma edição remasterizada no ano passado no PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch a partir de R$ 99,90.

 Divulgação/Ubisoft Beyond Good & Evil não teve o marketing necessário e acabou sendo um fracasso no seu lançamento original — Foto: Divulgação/Ubisoft

No Man's Sky é um jogo de sobrevivência e exploração espacial que se vendeu como uma experiência ambiciosa e sem precedentes, mas que acabou pagando um preço caro por isso. Produzido por um time pequeno, o jogo tinha várias promessas quando foi lançado em 2016, com destaque para um universo repleto de planetas únicos para descobrir, mas a entrega estava muito aquém das expectativas com cenários vazios, desinteressantes e repetitivos. Como resultado, o jogo foi considerado uma grande fraude.

No entanto, a desenvolvedora Hello Games não abandonou o jogo e lançou várias expansões e atualizações de conteúdo com o passar dos anos, aproximando o título da sua visão original e tornando-o em uma experiência legitimamente divertida. Esta também é uma das reviravoltas mais inesperadas da indústria e a desenvolvedora já está com outro jogo tão ambicioso quanto no forno: Light No Fire. Em época de promoção, No Man's Sky fica à venda por R$ 51,99.

 Reprodução/Steam No Man's Sky se tornou um belíssimo jogo de exploração espacial com planetas interessantes e cheios de missões para realizar — Foto: Reprodução/Steam

Rainbow Six: Siege é um jogo de tiro em primeira pessoa com foco no competitivo, produzido pela Ubisoft, e que na época do seu lançamento, em 2015, já chamava bastante a atenção pelas mecânicas de cenário destrutível e tiroteio tático, com o uso de apetrechos e foco no trabalho em equipe. No entanto, ele sofreu os mesmos problemas de muitos jogos como serviço em início de vida: falta de conteúdo relevante, bugs e problemas de balanceamento, que seriam descobertos mais parte pela comunidade.

Um dos problemas que mais frustraram a comunidade foi com relação à caixa de colisão dos tiros, que não atingiam exatamente onde os jogadores miravam. A Ubisoft chegou a retrabalhar esse sistema repetidas vezes, mas também havia vários problemas no código do jogo que deixaram sequelas até os dias atuais. Com isso, Rainbow Six: Siege não teve uma estreia muito expressiva, mas conseguiu multiplicar sua base de jogadores nos anos seguintes no PC, PlayStation e Xbox.

 Divulgação/Steam Rainbow Six: Siege passou por muitas mudanças desde o seu lançamento — Foto: Divulgação/Steam

10. Final Fantasy 14 A Realm Reborn

Embora seja considerado um grande sucesso hoje em dia, Final Fantasy XIV teve uma estreia desastrosa. O MMORPG da Square Enix foi lançado originalmente em 2010 e não era muito diferente do MMO anterior, Final Fantasy XI. O jogo foi criticado pelas suas missões, conteúdo inacabado, mecânicas frustrantes, sistema de níveis confuso e regiões repetitivas.

Tudo mudou com a entrada de Naoki Yoshida (Yoshi-P) como diretor, que desligou o jogo e até mesmo promoveu um evento simbólico em que os jogadores puderam testemunhar o "fim do mundo", com a queda de um cometa, antes da transição oficial para Final Fantasy XIV: A Realm Reborn. Isso marcou o início de uma nova era e desde então o jogo recebe expansões aclamadas e é considerado um grande sucesso. No momento, ele está disponível para PC, PlayStation e Xbox com direito a um teste gratuito bastante generoso. Uma versão para celulares também está em desenvolvimento.

 Divulgação/Square Enix Final Fantasy XIV: A Realm Reborn foi um recomeço necessário para o MMO da Square Enix — Foto: Divulgação/Square Enix

Diablo 3 tinha a difícil tarefa de atualizar a fórmula de sucesso do seu antecessor para uma nova geração e trouxe um estilo visual repaginado, dividindo a comunidade que queria algo mais gótico e coeso com a premissa da série. O jogo também causou muita controvérsia com a obrigação de estar sempre conectado à internet, resultando em problemas constantes de conexão, e um sistema de troca de itens com dinheiro de verdade, criando um frustrante mercado paralelo.

O jogo só voltou a ficar interessante com o lançamento da expansão Reaper of Souls, em 2014, que introduziu um sistema de espólios mais recompensador, conteúdos mais interessantes e uma melhor experiência de jogo como um todo. O jogo está disponível para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch com preços a partir de R$ 91,90.

 Divulgação/Blizzard Diablo 3 tornou-se um jogo mais interessante com o lançamento de Reaper of Souls — Foto: Divulgação/Blizzard

Embora tenha sido considerado um sucesso de vendas em 2014, Destiny, produzido pela Bungie, de Halo, dividiu muitas opiniões no seu lançamento. Os principais problemas envolviam a sua campanha, que era muito fraca e mal escrita, o foco excessivo em coleta de espólios desinteressantes, sistemas de níveis cheios de bugs e outros problemas de game design.

Além disso, o jogo, que já era pago, recebeu expansões que também eram pagas e que oscilavam bastante em qualidade porque os planos iniciais da Bungie haviam atrasado, deixando o time de desenvolvimento perdido e sobrecarregado. Apesar disso, as mecânicas de gameplay de Destiny conseguiram engajar a comunidade e muitos dos seus aprendizados, ainda que com ressalvas, foram levados para a sequência.

 Divulgação/Bungie Destiny criou muitas expectativas pelo histórico da Bungie, criadora de Halo, mas enfrentou muitos problemas no seu desenvolvimento — Foto: Divulgação/Bungie

13. The Elder Scrolls V: Skyrim - Dragonborn

Os jogos da Bethesda já são bastante conhecidos pelos seus bugs e Skyrim não é diferente. Embora não se enquadre na categoria de fracasso comercial, pois vendeu mais se sete milhões de unidades na sua semana de estreia, o jogo sofreu problemas sérios com bugs que impediam a progressão, em especial na sua versão de PS3. O jogo tinha um problema sério de cache de memória, ocasionando travamentos e outros inconvenientes.

Ainda hoje, Skyrim é considerado um jogo quebrado e cheio de inconsistências, embora ele tenha recebido várias atualizações na tentativa de otimizar a experiência. A comunidade também lançou muitos mods a fim de tornar o jogo mais aprazível. O jogo recebeu versões para múltiplas plataformas ao longo dos seus 14 anos de existência e pode ser encontrado por R$ 29,80 em épocas de promoção.

 Divulgação/Bethesda The Elder Scrolls V: Skyrim é muito querido pelos fãs, mas também enfrentou sérios problemas no seu lançamento — Foto: Divulgação/Bethesda

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