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CES 2025: veja 4 produtos duvidosos da feira, segundo 'prêmio' americano

Um prêmio informal chamado “Worst in Show” listou alguns dos produtos menos interessantes exibidos na CES 2025, feira de eletrônicos que aconteceu em Las Vegas, Estados Unidos, entre os dias 7 e 10 de janeiro. Categorias como pior reparabilidade, produto que mais ameaça e até maior impacto ambiental foram algumas das criadas. Nessa sátira ao cobiçado “Best in Show” — que premia os melhores da feira —, os vencedores são escolhidos por entidades americanas de proteção aos direitos do consumidor. A seguir, listamos quatro dos produtos escolhidos.

 Ana Letícia Loubak/TechTudo Ultrahuman Rare na cor prata sendo exposta no CES 2025 — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

Veja os itens citados na matéria:

  1. Anel inteligente Ultrahuman – reparabilidade
  2. Berço Revol – privacidade
  3. SoundHound AI – impacto ambiental
  4. Roteador TP-Link Archer BE900 – segurança

1. Anel inteligente Ultrahuman – reparabilidade

Um dos destaques do prêmio informal é o Ultrahuman Rare Luxury Ring, por conta de ter sido classificado por Kyle Wiens, CEO do iFixIt, como o produto menos reparável da feira. O Ultrahuman é um anel inteligente de luxo, com acabamento premium, diversos recursos de saúde, e que custa US$ 2.200 — equivalente a R$ 13.240, aproximadamente.

O grande porém é a bateria que sobrevive a apenas 500 cargas. Depois desse limiar, o componente tem sua performance tão degradada, que pode não mais reter carga. Ou seja: na prática, para seguir usando um anel como esse, você precisa desembolsar R$ 13 mil a cada 500 cargas. Como é impossível substituir a bateria sem destruir o anel, a versão luxo do Ultrahuman acabou levando para casa um dos prêmios do Worst in Show.

 Ana Letícia Loubak/TechTudo Ultrahuman Rare é caríssimo e vem com bateria que sobrevive apenas 500 cargas — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

2. Berço Revol – privacidade

O Revol é um berço inteligente da Bosch com uma série de recursos, como a capacidade de balançar lentamente para embalar o sono da criança. Além disso, pode detectar se um cobertor está obstruindo a respiração do bebê, monitorar sinais vitais durante o sono, assim como sinais vitais como frequência cardíaca e respiratória.

A crítica ao Revol está na coleta de enorme quantidade de dados e questões sobre privacidade e segurança dessas informações. Cindy Cohn, diretora-executiva da EEF (Electronic Frontier Foundation), foi quem escolheu o berço como um dos grandes riscos à privacidade. Ela chamou atenção para o fato de que o produto é equipado com câmeras, microfones e até radar.

 Divulgação/Bosch Berço inteligente da Bosch coleta uma grande quantidade de dados — Foto: Divulgação/Bosch

3. SoundHound AI – impacto ambiental

Na lista dos piores da feira, o serviço SoundHound AI levou o “prêmio” de produto menos sustentável, na opinião do Consumer Reports, entidade de proteção aos direitos do consumidor nos Estados Unidos. Essa é uma iniciativa que agrega inteligência artificial (IA) para plataformas de infotainment (entretenimento informativo) com foco em automóveis.

O serviço usa reconhecimento de voz para permitir que ocupantes do automóvel, por exemplo, façam pedidos em lanchonetes para buscar o lanche durante o percurso. A ideia é que a plataforma seja usada para outros tipos de comércio, permitindo as compras direto do carro.

A questão que o Consumer Reports levanta é que o serviço vai aumentar o consumo de energia dos carros. Segundo a entidade, o gasto é “astronômico quando comparado ao benefício”. Além disso, vai criar mais distrações ao volante e pode encorajar o consumo de fast food.

 Reprodução/SoundHound AI Tecnologia da SoundHound AI levou prêmio de maior impacto ambiental — Foto: Reprodução/SoundHound AI

4. Roteador TP-Link Archer BE900 – segurança

O novo roteador Archer BE900 da TP-Link ficou com o prêmio de “menos seguro” da seleção do Worst in Show. O critério para determinar o produto como inseguro tem relação com a obrigação da TP-Link, que é uma empresa chinesa, em avisar o governo chinês a respeito de falhas de segurança em seus produtos antes de divulgá-las ao público.

Em princípio, autoridades da China teriam então subsídios para explorar essas falhas e, eventualmente, coletar informações de usuários que tenham o roteador em suas redes. A TP-Link contestou a premiação em nota enviada à AP News, observando que sua filial dos Estados Unidos tem cadeias de fornecedores internacionais, e que a grande maioria dos produtos vendidos no país são fabricados no Vietnã, e não na China.

 Divulgação/TP-Link Roteador da TP-Link levou prêmio na categoria de maior risco à segurança — Foto: Divulgação/TP-Link

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