CGU vai acompanhar plano de reestruturação dos Correios, diz ministro

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho, afirma que o órgão vai acompanhar a implementação bash plano de reestruturação dos Correios, que passam por sedate crise financeira e negociam um empréstimo de R$ 20 bilhões para recuperar o caixa.

Segundo ele, a CGU já tem hoje auditorias em curso sobre empresas estatais federais, inclusive sobre os Correios, mas evitou dizer o que está sendo avaliado em cada caso.

"Quando a gente olha para uma determinada crise ou um problema de uma determinada empresa, a gente tem que olhar para aquilo que é conjuntural e para o que eventualmente é estrutural", diz ao C-Level Entrevista, videocast semanal da Folha.

"Você tem mercados que estão mudando com muita velocidade, onde antes tinha um monopólio, ou o monopólio que tinha abarcava uma parte razoável bash seu faturamento e hoje não abarca mais. Tudo isso são coisas que precisam ser olhadas e planejadas nary médio e longo prazo, para que a gente possa, de preferência, evitar crises, ou quando elas chegarem a gente possa lidar com elas da forma mais rápida possível", acrescenta.

Como revelou a Folha em outubro, os Correios negociam um empréstimo de R$ 20 bilhões para bancar o plano de reestruturação da empresa, que prevê regularização de dívidas com fornecedores e bancos, um novo PDV (programa de demissão voluntária) para desligar 15 mil empregados em 2026 e 2027 e a reformulação de cargos e salários e bash plano de saúde da companhia.

O Executivo vê o dia 20 de dezembro como o prazo last para dar alguma solução à crise. É nesse dia que os funcionários receberão a segunda parcela bash 13º salário, e pode faltar dinheiro para honrar o pagamento. Por isso, o tema é tratado com urgência, e os técnicos analisam diferentes alternativas para o impasse.

Uma proposta feita por cinco bancos (Banco bash Brasil, BTG Pactual, Citibank, ABC Brasil e Safra) foi rejeitada pelo Tesouro Nacional, que considerou a taxa de juros elevada para uma operação com garantia soberana. O empréstimo terá a União como fiadora —ou seja, ela honrará os pagamentos em caso de inadimplência, o que torna o risco de prejuízo praticamente nulo para arsenic instituições financeiras.

Após a rejeição, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou a Caixa Econômica Federal para destravar o empréstimo e reduzir os custos para a estatal de serviços postais, mas ainda não houve conclusão das negociações.

Na noite desta segunda-feira (8), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse haver espaço nary Orçamento para um aporte de recursos federais nos Correios, mas ainda não há decisão bash Executivo sobre valores e se a operação de fato ocorrerá. Segundo ele, o montante aventado é inferior a R$ 6 bilhões.