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Como calor e pragas ameaçam império das laranjas brasileiras

"É uma colheita bastante debilitada. As frutas estão com pouco rendimento quanto ao tamanho e peso. O preço [de venda] até que remunerou, mas não o suficiente para cobrir a baixa produtividade", explica o produtor, que calcula perda em suas propriedades na casa dos 30%.

Clima interfere no florescimento

Em 2024, as altas temperaturas abalaram os laranjais. A planta começou a soltar flores quando a região produtora registrava calor intenso, de dia e de noite, resultando em o fruto recém-formado ser abortado, explica Rodriguez, do Fundecitrus.

"Nós tivemos quatro picos de calor coincidindo com a florada de frutinhos novos. Essa frutinha que se formava, caía. Passava um tempo, a planta emitia mais uma florada, mas aí vinha calor e caía de novo", detalha o agrônomo do Fundecitrus.

A chuva também tem seu papel. A área onde fica o cinturão registrou chuvas abaixo da média até meados de 2024, e só chegou em maior volume em novembro. "Quem manda no florescimento é a chuva, quando ela deixa o florescimento mais tardio, ele acontece nesses meses de outubro, novembro, dezembro, que é sempre muito quente e a gente tem esse problema", complementa Rodriguez.

Nas feiras e mercados brasileiros, a reclamação é sobre o sabor da fruta, menos doce e mais "aguada". A safra baixa segurou o funcionamento de fábricas do parque industrial em operação no estado de São Paulo, levando muitas a programarem manutenção preventiva enquanto estavam paradas, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo).

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