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OpenAI precisa de volume absurdo de usuários para sobreviver, diz estudo

Segundo o estudo da área técnica do HSBC, a OpenAI precisará de US$ 207 bilhões até 2030 só para bancar infraestrutura, data centers, energia, água e acordos com gigantes como Microsoft e Amazon.

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Diogo Cortiz explica que o buraco financeiro é explicado pelos compromissos assumidos com Microsoft e Amazon: "A OpenAI deve ficar até 2030 sem gerar lucro, o que a gente já imaginava"

Helton lembra que o modelo de negócios da empresa é voraz: cada novo modelo de IA, como o Sora 2, exige mais infraestrutura, energia e água, além de custos crescentes com datacenters e GPUs.

O buraco da OpenAI é explicável pelo modelo de negócio em que ela tá, né? A cada novo modelo de linguagem, o grande modelão... ela gasta mais dinheiro. A OpenAI recentemente acabou de entrar no segmento de datacenters, e pra datacenter você tem que gastar com terreno, com equipamento, as GPUs não são baratas e ela compete com todo mundo... Gasta também com energia e também gasta com água

O estudo do HSBC mostra que, mesmo se a OpenAI faturar US$ 213 bilhões anuais —mais que a Meta, mas ainda menos que Google, Apple ou Microsoft— a empresa não seria rentável. Para Helton, com algumas ressalvas, o caso lembra o caso do Banco Master: "Será que a OpenAI é o Banco Master da inteligência artificial? Ela promete mundos e fundos e, ainda assim, o buraco é muito grande".

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Para equilibrar as contas, o HSBC sugere três caminhos: dobrar a base de assinantes pagos para 20% da população mundial, capturar mais receita em publicidade digital e aumentar a eficiência dos sistemas de IA.

Diogo Cortiz destaca que o desafio é duplo: financeiro e de modelo de negócio. Ainda mais porque a OpenAI precisa disputar espaço num cenário cada vez mais competitivo.

Durante muito tempo, sim, ela liderou esse desenvolvimento da IA generativa (...) Mas hoje você tem uma porrada de novos modelos, novos serviços, novas plataformas. Tem o Google que é uma gigante, você tem a Meta tentando se desenvolver nisso, você tem os modelos chineses que estão ganhando tração

Só que, ainda de acordo com a análise do HSBC, a OpenAI não será lucrativa até 2030 mesmo se convencer 44% da população mundial a pagar pelo serviço —patamar inédito até mesmo para redes sociais ou aplicativos mais populares.

"O Instagram não tem isso, o WhatsApp não tem isso, o Facebook não tem isso, o YouTube não tem isso", compara Helton.

Para Diogo, a incorporação de publicidade na IA, uma das recomendações feitas pelo HSBC, é um "caminho sem volta" não só para a OpenAI, mas para outras gigantes da tecnologia.

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Eu acho que essa perspectiva de anúncios é um caminho que também é inevitável. Não só a OpenAI vai precisar fazer isso, como o Google também vai precisar fazer isso, à medida que o comportamento dos usuários, das pessoas muda. Então, se as pessoas começarem a fazer mais pesquisas dentro do Gemini e não no buscador do Google, o Google também vai ter que fazer alguma estratégia de colocar anúncios dentro da resposta do Gemini
Diogo Cortiz

Como brasileira criou IA para rastrear câncer só com exame de sangue

Uma startup brasileira desenvolveu uma inteligência artificial que identifica sinais iniciais de câncer de intestino usando apenas um exame de sangue. Daniella Castro, CTO da Huna, detalha os bastidores da criação e os desafios do projeto no novo episódio de DEU TILT, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz.

A tecnologia nasceu de uma experiência pessoal e começou pelo rastreamento do câncer de mama, antes de avançar para o de intestino. O diferencial está no uso de hemogramas de pacientes submetidos a colonoscopias, dividindo-os em dois grupos: aqueles sem sinais da doença e aqueles já diagnosticados com câncer ou com a presença de adenoma avançado, que é uma lesão precursora do câncer.

A gente usou algoritmos de inteligência artificial para tentar identificar quais marcadores aumentavam ou diminuíam quando a pessoa tinha o câncer (...) Comparado ao grupo sem câncer, existem alterações que são relevantes. E aí, uma vez tendo treinado esse algoritmo, agora a gente consegue olhar para um resultado de um hemograma novo e dizer se esse hemograma se parece mais com aquelas pessoas com câncer ou com as pessoas saudáveis.
Daniella Castro

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'Queremos chegar ao SUS', diz executiva de startup que detecta câncer com IA

A Huna aposta na inteligência artificial para rastrear precocemente vários tipos de câncer, já obteve autorização da Anvisa, mas sonha mesmo é chegar ao SUS (Sistema Único de Saúde). É o que diz Daniella Castro, CTO da startups, em entrevista a DEU TILT, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, apresentado por Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz.

Após consolidar soluções para câncer de mama e colorretal, a Huna amplia pesquisas para câncer de pulmão e próstata. A CTO Daniella destaca que, apesar de a empresa iniciar sua atuação por operadoras da saúde suplementar, o foco é chegar ao SUS.

O SUS é onde a gente quer chegar. O SUS é nosso sonho desde o dia zero (...) O SUS atende 75% das pessoas no Brasil, mas tem menos de 50% dos recurso. Isso gera uma desigualdade de acesso tremenda, e é onde nossos modelos mais podem trazer benefício para a população.
Daniella, CTO da Huna

Depois da China, Nvidia encara fogo amigo nos EUA: o chip de IA do Google

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A Nvidia enfrenta uma nova onda de desafios e, desta vez, vindas de dentro dos Estados Unidos. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam como o Google entrou no jogo dos chips de inteligência artificial ao liberar suas TPUs para o mercado.

Se antes usava as TPUs só internamente, o Google passou a ser procurado por grandes clientes interessados em comprar esses chips, como a Meta. O movimento coloca pressão sobre a Nvidia.

A vida não tá fácil pra Nvidia. Primeiro, ela foi vetada pelos Estados Unidos de vender chip pra China. Depois de convencer o presidente dos EUA a liberar, foi a China que começou a proibir ela de vender para os chineses. Agora, ela está sofrendo fogo amigo do próprio Estados Unidos, mas não do governo americano e, sim, de uma empresa americana que todo mundo aqui conhece. É o Google, que começou a fazer com que o seu microchip voltado a processamento de inteligência artificial possa ser usado por clientes da Nvidia.
Helton Simões Gomes

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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