7 horas atrás 4

Pix automático, agendado, por voz e até internacional; saiba a diferença

A concepção do produto coloca o usuário no controle. A empresa envia um pedido de autorização e fica claro o valor cobrado, a frequência, os limites. E o usuário consegue cancelar a qualquer momento
Sebastian Fantini, diretor de produtos do Ebanx

Além dessa modalidade, o Pix já permite agendamento de transferências, inclusive de forma recorrente, e também o parcelamento, que funciona como uma oferta de crédito semelhante ao cartão.

E se a pessoa fizer um Pix por engano? Para essas situações, o Banco Central criou o Mecanismo Especial de Devolução (MED), hoje em versão 1.0, mas já com uma atualização em desenvolvimento.

A acessibilidade também entrou na pauta: já é possível fazer Pix por comandos de voz, informando valor e destinatário, com confirmação final na tela antes da conclusão. Para Fantini, esse tipo de recurso amplia ainda mais o alcance do sistema.

O impacto vai além das fronteiras brasileiras. Embora o Banco Central não tenha lançado oficialmente um Pix internacional, já existem empresas que operam convênios regionais, com transações feitas em países como a Argentina e o Chile.

São empresas que conseguem fazer convênios. Na prática, o pagador faz uma operação local e essa empresa se encarrega de fazer o pagamento depois para o comerciante na Argentina
Sebastian Fantini, diretor de produtos do Ebanx

Continua após a publicidade


Parcela no boleto? Brasil choca gringos com formas de pagamento inovadoras

Além do Pix, o sistema financeiro brasileiro guarda outras peculiaridades que deixam estrangeiros de queixo caído: o parcelamento e os boletos. Para Sebastian Fantini, diretor de produto do Ebanx, essas práticas ajudam a explicar por que o Brasil virou referência em inovação em meios de pagamento.

Em entrevista ao Deu Tilt, podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Fantini lembra que o hábito de dividir compras em várias parcelas, algo comum para qualquer brasileiro, só agora começa a ser testado em lojas dos Estados Unidos. A modalidade de pagamento é anunciada como "buy now, pay later" (compre agora, pague depois).

O brasileiro está acostumado com parcelas. Lá fora não é algo comum. Isso nasceu historicamente nos anos 1980, 1990 por conta da inflação muito alta, e foi um dos mecanismos para aumentar o poder de compra da população
Sebastian Fantini, diretor de produto do Ebanx

Faz um Pix aí: por que meio de pagamento amada no Brasil é odiado por Trump

Continua após a publicidade

Não é só o tarifaço que faz Donald Trump olhar para o Brasil. o presidente dos Estados Unidos abriu investigação sobre práticas comerciais que considera nocivas às empresas norte-americanas e incluiu nesse balaio uma tecnologia com DNA brasileira: o Pix.

Tem uma série de características do Pix que fazem com que o resto do mundo olhe para esse meio de pagamento com um olhar muito especial. A primeira delas é a adoção que ele teve, é um sistema de pagamentos instantâneo, uma tendência global. Hoje 93% da população adulta [brasileira] usa Pix
Sebastian Fantini, diretor de produto do Ebanx

No episódio desta semana de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, o executivo elencou as características específicas do método de pagamento criado no Brasil que o torna único em todo mundo. Empresa brasileira que conecta companhias estrangeiras ao mercado financeiro nacional, o Ebanx é um um unicórnio, uma empresa iniciante avaliada em mais de US$ 1 bilhão.


Após Pix, países usam tecnologia local para enviar dinheiro ao exterior

Uma transação via Pix leva, no máximo, 10 segundos. A agilidade impressiona quando comparada ao sistema Swift, sigla para Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, rede global usada para transferências internacionais entre bancos. No Swift, as operações podem ser caras e demoradas, o que explica o interesse de outros países em entender o modelo brasileiro.

Continua após a publicidade

A Colômbia, por exemplo, testa o Bre-B, seu "Pix local", criado para estimular pagamentos instantâneos, reduzir o uso de dinheiro em espécie e ampliar o acesso a serviços financeiros. Para Sebastian Fantini, diretor de produtos do Ebanx, esse é o ponto de partida para uma tendência global.

Hoje o grande ponto são os pagamentos instantâneos. A próxima discussão é a interoperabilidade dos sistemas, para viabilizar as transferências internacionais
Sebastian Fantini, diretor de produtos do Ebanx

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro