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Recuo em janeiro é enganoso; projeção da inflação no ano já sobe para 5,5%

Com alta de 0,11% no mês, na comparação com dezembro, quando o IPCA subiu 0,34%, houve, de fato, recuo. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 4,5%, teto do intervalo de tolerância do sistema de metas.

Mas a desaceleração foi muito menor do que as previsões, que, na média, apontavam ligeira deflação de 0,03%. A queda se deveu mais ao desconto de um bônus de Itaipu em energia, repassado às tarifas pagas pelos consumidores, fator episódico.

A prova de que o recuo no IPCA-15 em janeiro sobre dezembro não conta a verdadeira história de uma inflação pressionada, pode ser encontrada nos núcleos de inflação -- que medem a evolução mais estruturais dos preços, sem considerar movimentos sazonais ou inesperados -- e no índice de difusão -- medida do percentual de itens na cesta de produtos e serviços do IPCA que tiveram aumentos no mês.

A média dos núcleos escalou de alta de 0,41% em dezembro para 0,66%, em janeiro, avançado, no acumulado em 12 meses, de 4,09%, em dezembro, para 4,23 %, em janeiro. Já o índice de dispersão, no IPCA-15 de janeiro alcançou 68,9%, acima de 61,8% de dezembro e da média histórica de 65%.

Comida pode subir 6% no ano

Alimentação foi o grupo que mais contribuiu para o resultado de janeiro, embora tenha registrado menos pressão, na comparação com dezembro. No IPCA-15 de janeiro, os preços no grupo alimentação subiram 1,06%, com recuo em relação à alta de 1,47%, em dezembro.

Alimentação está no foco das preocupações, depois dos sinais de incômodo com preços altos da comida, expostos pelo presidente Lula. Os preços dos alimentos, na avaliação do presidente, está afetando a popularidade de seu governo, levando-o a correr atrás de medidas capazes de conter ritmo mais acelerado de altas.

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