Futuro presidente dos EUA, Trump toma posse na próxima segunda-feira (20). Ele é do partido Republicano e venceu a atual vice-presidente, Kamala Harris, do partido Democrata. Ela assumiu a chapa após Joe Biden desistir da disputa por pressão de apoiadores.

Congresso dos EUA certifica vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais
Lula e Trump não se falaram desde as eleições nos Estados Unidos e permanecem sem ter se falado diretamente até esta semana. Mesmo assim, em rede social, Lula parabenizou Trump pela vitória nas urnas.
Seguindo a praxe americana de não convidar chefes de Estado para a posse, com algumas exceções, o comitê de posse de Trump convidou a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, para a cerimônia do dia 20.
Os Estados Unidos são, atualmente, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China. No entanto, ao longo do Século 20, os norte-americanos ocupavam o topo da lista.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Lula, em montagem feita pelo g1 — Foto: Carlos Barria/Reuters e TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Para Amâncio Jorge, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, Lula e Trump tem ideias "muito antagônicas" que podem se refletir na relação entre EUA e Brasil.
Jorge destaca que é preciso aguardar quais promessas de Trump serão colocadas em prática. Por exemplo, a possível taxação de produtos do Brics caso os países adotem uma moeda própria para transações entre si. O Brasil, como analisa o professor, deve adotar uma postura "moderada".
"O Itamaraty sempre foi muito moderado, mesmo nos momentos mais tensos, por exemplo, na relação entre o Bolsonaro e China. O Itamaraty age com moderação, e esse perfil não deve mudar. Os Estados Unidos são um parceiro estratégico, sempre deve haver moderação para não tensionar", pondera.
De acordo com o professor Pio Penna Filho, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), embora a relação entre Lula e Trump seja distante, as relações entre os dois países não devem mudar "muito".
"Tem dois pontos: relações bilaterais Brasil-Estados Unidos e relações multilaterais. Pode impactar mais [a segunda opção]. Por exemplo, a reunião da COP30 e outros temas da agenda internacional sobre os quais os EUA devem mudar de postura", ressalta o professor.
Para Penna Filho, as trocas comerciais podem “ter algum impacto", mas é preciso ver se as "bravatas" de Donald Trump serão colocadas em prática e os efeitos práticos para as relações bilaterais.

Discurso expansionista de Trump sobre Groelândia incomoda Rússia
Trump 'imprevisível' é ruim para o Brasil
De forma reservada, um diplomata com experiência nos Estados Unidos avalia que, embora Trump sinalize que dará "bastante atenção" à América latina, como a escolha de Marco Rubio como secretário de Estado –, o futuro presidente tem comportamento "imprevisível", o que é ruim para o Brasil.
De acordo com esse diplomata, o estilo "caótico" e "repentino" de Trump se opõe à política externa adotada pelo Brasil, que prevê o diálogo, relações "duradouras" e a acordos com líderes "mais previsíveis".
O entendimento é que o Brasil buscará não antagonizar os EUA, mantendo sua diplomacia de equidistância em relação às grandes potências e preservando seu próprio espaço de manobra.
Nesse cenário de equidistância, será fundamental entender quantos recursos os EUA estão dispostos a empregar para incentivar os países latino-americanos a se afastarem de Pequim e Moscou. Uma postura norte-americana excessivamente agressiva na região pode acabar sendo ineficaz e até mesmo contraproducente, na visão do diplomata.
Relação já está 'consolidada'
Com passagem pela ONU, o conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Marcos Azambuja, analisa que os 200 anos de relações entre os países mostra uma história "consolidada" e é possível presumir que Trump não irá quebrar esse laço.
Azambuja diz ter "cuidadoso e cauteloso otimismo" em relação aos próximos anos. De acordo com ele, o Brasil deve "essencialmente" ser fiel a seus interesses, agindo com racionalidade.
"Os interesses já criados impedem que dois países maduros — os dois maiores de suas regiões — busquem uma situação em que não há ganhos. Só há ganhos no entendimento", complementou.

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11 meses atrás
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