Diferentemente de oito anos atrás, desta vez o presidente eleito domina a engrenagem do sistema político e, cercado de fiéis correligionários, aparentemente rebaixa as proteções do Executivo e do Congresso. Com a maioria conservadora de seis juízes, a Suprema Corte afrouxou as barreiras sobre o comportamento presidencial, ampliando a sua imunidade e tornando-o mais poderoso nesta volta ao comando dos EUA.
São argumentos que se conjugam para promover o enfraquecimento das salvaguardas do sistema democrático. Alia-se a tudo isso a desordem que predomina entre os democratas, no campo opositor.
Desta forma, a lealdade prevaleceu sobre a experiência e a competência na indicação de falcões extremistas para cargos importantes como o Departamento de Defesa e o Departamento de Justiça. Trump deixou claro que o serviço público apolítico, que denomina como estado profundo, não o interessa e será reestruturado com demissões e a reativação do Anexo F, que, entre outras atribuições, exclui as proteções aos funcionários.
É dado como certo que ainda hoje, após ser empossado, Trump assinará uma volumosa quantidade de ordens executivas para desfazer as políticas do governo Biden. Na terça-feira está prevista uma grande batida policial em Chicago, cidade governada por democratas, para prender e expulsar imigrantes ilegais — um dos pilares da campanha eleitoral que possibilitou o retorno à Presidência.
O mantra “América em primeiro lugar”, associado ao comportamento disruptivo do presidente eleito, perturba e desestabiliza aliados tradicionais dos EUA. Trump é capaz de despejar a provocação, da forma mais genuína, e normalizar a desinformação. A cobiça à Groenlândia e ao Canal do Panamá, e a ideia de anexação do Canadá como estado americano oscilam entre o tom autêntico e o blefe.
Há oito anos, num curto discurso inaugural, dominado por notas agressivas e populistas, o presidente prometeu acabar com a carnificina americana de problemas sociais e econômicos. Entregou um governo caótico e não foi reeleito. Ele sobreviveu politicamente ao hiato de quatro anos, ainda que ameaçado por quatro processos criminais. O Trump que retoma hoje o poder presidencial americano é o mesmo, mas renovado pelo clamor da vingança.

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11 meses atrás
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