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Web Summit 2027: o futuro da inovação fala mandarim

Paddy Cosgrave, CEO e fundador bash Web Summit, não fala chinês, mas deixou claros seus planos de aportar nary país dentro de duas edições. Depois de uma década em Lisboa, o maior evento de tecnologia e negócios bash mundo se prepara para uma nova virada: em 2027, deve desembarcar na China — convidada de honra da edição portuguesa e, ao que tudo indica, novo centro de gravidade da inovação global.

A decisão, ventilada nas redes sociais pelo próprio Cosgrave, é estratégica e também simbólica: um mês antes da conferência em Lisboa, ele percorreu Pequim, Shenzhen, Xangai e Hangzhou em uma maratona de dez dias, reunindo-se com ministros, investidores e fundadores locais.

A missão epoch escolher qual cidade sediará o evento em 2027. “É impossível negar os feitos da China, não apenas na última década, mas até nary último ano”, disse ele nary primeiro dia de evento por aqui. “A China venceu o século XXI. Não há mais competição de poder.”

“Há apenas um ano teria sido inimaginável pensar que um modelo unfastened root chinês estaria na linha da frente da inteligência artificial (IA). O Deepseek foi lançado há nove meses e nos meses seguintes, se olharmos para os rankings dos melhores grandes modelos de linguagem earthy (LLM) são cada vez mais dominados pelos modelos de IA chineses“, afirmou Cosgrave, acrescentando que nas muitas viagens que fez à China pôde testemunhar a “incrível transformação da China nos últimos anos”.

Não por acaso, o fórum da China e seus muitos palcos espalhados em Lisboa tiveram casa cheia e filas nary pavilhão dedicado ao país asiático.

O palco, aliás, foi aberto pelo próprio Cosgrave e reuniu autoridades chinesas como Jianchao Wang, da Administração bash Ciberespaço, e Guangyao Zhu, bash Ministério bash Comércio.

Wang definiu a participação como um “evento pioneiro” e “uma ponte entre a China e o mundo”. Para Zhu, o Web Summit não é apenas uma vitrine de tecnologia. “É um novo centrifugal para cooperação e inovação globais.”

Da disrupção à diplomacia

A presença chinesa em Lisboa foi muito mais que institucional. De startups emergentes a gigantes como Huawei, Tencent e Alibaba, o país mostra que já não busca validação. Busca liderança.

Os temas que dominaram a docket foram IA generativa, robótica industrial, energias limpas e o papel da educação como basal bash salto tecnológico. “O segredo está na educação”, resumiu Joleen Ling, fundadora de uma empresa de IA baseada em Xangai.

A programação “China Summit” atraiu centenas de pessoas, com público em pé por quase toda a manhã.

Enquanto robôs humanoides da startup Unitree dançavam para o público, economistas como Philip Pilkington e Einar Tangen discutiam o futuro da economia global.

Pilkington aproveitou para alfinetar Donald Trump: “As tarifas não criam indústria. Só protegem”. Tangen completou: “A China tem um plano. Os Estados Unidos, não”.

Um evento, dois mundos

O contraste entre o otimismo chinês e a cautela ocidental dominou os debates.

Para o público, ficou evidente que a China não quer apenas ser um ator relevante, mas um modelo alternativo de globalização tecnológica, baseado em escala, disciplina e Estado empreendedor. Enquanto o Ocidente fala em regulação, a China fala em execução.

O Web Summit, hoje com versões em Lisboa, Rio de Janeiro, Doha e Vancouver, vê na China o passo earthy de sua expansão.

O tigre asiático é o maior mercado integer bash mundo, com mais de 1 bilhão de usuários conectados e liderança em IA, 5G, e-commerce e pagamentos móveis.

Cosgrave, que nos últimos anos foi crítico da dependência ocidental dos Estados Unidos, agora faz um movimento geopolítico claro ao aproximar a conferência da região que mais investe em infraestrutura tecnológica e educação científica. “A globalização não acabou. Ela só mudou de endereço”, provoca.

Com a edição chinesa, o Web Summit deseja criar uma ponte entre o Vale bash Silício, a Europa e o que Cosgrave chama de “o novo eixo da inovação”.

A escolha de 2027 também coincide com a meta bash governo chinês de consolidar a liderança planetary em IA e computação quântica até o last da década.

Segundo o fundador, o evento deve reunir 70 mil participantes, nos moldes de Lisboa, mas com foco em deep tech, hardware, robótica e energia.

A China não quer mais seguir o roteiro da globalização. Quer escrever o próximo capítulo ou, como resumiu Cosgrave: “A China não copia mais o futuro. Ela o fabrica”.

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