ChatGPT consome quantos litros de água? 5 fatos curiosos sobre a IA

A inteligência artificial generativa usa muita energia para responder a cada uma das questões feitas pelos usuários. Isso porque os centros de processamentos de dados — os famosos data centers — geram calor ao executar milhares de cálculos a fim de encontrar as melhores palavras para as respostas. Assim, é preciso utilizar um sistema de resfriamento, que pode ter o funcionamento à base de água e/ou eletricidade. Caso estejam localizados em lugares propensos à seca, os data centers podem levar à escassez do recurso natural.

Segundo o The Washington Post, o ChatGPT gasta em média 519 mililitros de água para gerar 100 palavras, ou seja, aproximadamente uma garrafa de água a cada centena de termos. Além disso, a ferramenta gasta 0,14 kWh nesta função, o equivalente ao necessário para manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora. Isso significa que o uso da IA envolve grande consumo de eletricidade e água, mesmo para responder a comandos simples.

Estima-se que as despesas diárias para manter o ChatGPT giram em torno de US$ 100 mil a US$ 700 mil, totalizando de US$ 3 a US$ 21 milhões por mês. Esses gastos incluem custos do servidor, energia necessária para funcionamento, o salário dos funcionários e o uso da infraestrutura Azure Cloud da Microsoft, no valor de US$ 3 por hora por um único cluster. Vale lembrar que a gigante de tecnologia criada por Bill Gates e Paul Allen é uma das grandes investidoras, tendo aplicado mais de US$ 13 bilhões entre os anos de 2019 e 2023 na empreitada da OpenAI.

O GPT de ChatGPT significa Generative Pre-Trained Transformer (Transformador Generativo Pré-Treinado, em português). É possível dizer que a IA é "treinada" justamente porque recebeu uma extensa base de dados para conseguir responder às dúvidas do usuário. Aproximadamente 570 GB de textos já disponíveis na internet foram usados para o software adquirir uma espécie de "repertório".

Ao treinar a inteligência artificial com esses textos, o objetivo foi de que ela entendesse de forma ainda mais profunda a linguagem humana. O volume de informação utilizado corresponde a 1,3 milhão de livros ou, ainda, a três vezes a quantidade de textos disponíveis na Biblioteca do Congresso, nos Estados Unidos, considerada a maior do mundo.

Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas usam o ChatGPT a cada semana. A informação foi dada ao The New York Times em dezembro de 2024 pelo CEO da OpenAI, Sam Altman. Foi confirmado, também, que os usuários enviam ao todo mais de 1 bilhão de mensagens diariamente para a plataforma.

O chatbot é um sucesso desde seu lançamento em 2022. Nos primeiros cinco dias, o ChatGPT alcançou a marca de um milhão de usuários. A título de comparação, o Facebook só conseguiu este número de inscritos após dois meses de lançamento, o Spotify em cinco e a Netflix em três anos e meio.

A IA não compreende as perguntas e respostas do ponto de vista humano. Isso porque, além de não ter consciência, as respostas que dá são geradas a partir de um cálculo complexo que envolve estatísticas de contexto e o banco de dados da plataforma, como mencionado anteriormente.

Algumas respostas, embora convincentes, podem ser inventadas e não ter precisão devido ao fato da ferramenta priorizar velocidade e fluidez ao invés de exatidão. Esse fenômeno é chamado de "alucinação da IA".

Outro ponto é que, por ser treinada com base em textos disponíveis on-line, o ChatGPT foi "alimentado" com muitos conteúdos prejudiciais e incorretos. Em muitos casos, são relatadas situações de informações falsas, conteúdos controversos ou preconceituosos. Por isso é importante usar a IA de forma crítica, a fim de não reproduzir estereótipos ou dados inverídicos.

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