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Fox News mira a América Latina e busca mais poder, audiência e controle

A família Murdoch estava em pé de guerra pelo controle sucessório do grupo, mas não há dinheiro sem fim que não resolva. O acordo de US$ 3,3 bilhões que encerrou a disputa familiar dos Murdoch pela sucessão no comando do grupo de mídia representa muito mais que uma questão familiar.

Trata-se de uma decisão que definirá a orientação ideológica da mídia conservadora americana pelas próximas décadas. Quando Rupert Murdoch, aos 94 anos, conseguiu consolidar o controle nas mãos de Lachlan Murdoch, ele garantiu que a linha editorial conservadora da Fox News permanecerá intacta.

A dinâmica familiar espelha perfeitamente os dilemas da série "Succession". Três dos filhos de Rupert (Prudence, Elisabeth e James) representavam uma ameaça real ao modelo conservador da Fox. James, em particular, já havia rompido publicamente com a linha editorial, apoiado Biden em 2020 e financiado causas climáticas.

A decisão de pagar US$ 1,1 bilhão para cada filho dissidente não foi apenas generosidade familiar, mas sim um investimento estratégico na manutenção do poder de influência conservadora.

Com Lachlan no comando, a programação já mudou. A reformulação da grade de fim de semana priorizou figuras como Kayleigh McEnany (ex-secretária de imprensa de Trump) e Tomi Lahren, sinalizando um reforço da agenda trumpista. A eliminação do "MediaBuzz", último programa de crítica midiática regular na TV a cabo, demonstra que a Fox está menos interessada em autorreflexão e mais focada na consolidação narrativa.

Os números que falam mais alto

Os dados de audiência da Fox News revelam uma dominância impressionante. Entre janeiro e agosto de 2025, a Fox manteve uma média de 2,3 milhões de espectadores em prime time, enquanto a MSNBC alcançou apenas 821 mil e a CNN ficou com 450 mil.

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