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Sem chance neste ano, governo quer sinal do BC de queda de juros para 2026

O patamar de 15% ao ano foi atingido em junho e atinge diretamente os planos do governo. Com estratégia econômica baseada no consumo, Lula tem se queixado da manutenção da Selic a interlocutores, mas sem muitas referências públicas.

Aliados dizem que o principal motivo para isso é que Lula confia em Galípolo. Ex-braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do BC tem conseguido convencer o petista de que a Selic é um "remédio amargo" para segurar a inflação e que tem funcionado.

Os preços têm caído em especial no setor alimentício, prioridade para Lula. Em outubro, a queda de 1,47% da fabricação de produtos no mês representa 2,43 pontos percentuais do movimento geral da inflação do produtor no acumulado deste ano. Trata-se do sexto mês consecutivo de queda dos preços no segmento.

"Galípolo tem alcançado resultados importantes", afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, ontem. "Quando nós reduzimos a inflação de alimentos, é inegável que é uma grande vitória, e uma vitória que impacta direto no bolso de quem mais precisa, que é o assalariado. Então, não dá para dizer que ele não tem razão a defesa dos seus conceitos."

Esta tem sido a visão predominante no Planalto, dizem aliados, mas se espera que mude no primeiro trimestre de 2026. Como é ano eleitoral, o governo tem a expectativa de apresentar os melhores números do que chama de "retomada pós-Bolsonaro", comparando, inclusive, os dados com o antecessor.

Lula quer fomento do consumo. Mais do que apresentações numéricas, auxiliares do governo dizem que o cidadão (ou eleitor) tem de "sentir" os efeitos dessa melhora, o que significa, além do aumento da renda, ter mais poder de compra, algo diretamente alinhado à disponibilidade de créditos mais acessíveis.

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